sábado, junho 3

Devorações, depuração

Sentado no campo descreves a
escrita
a ferida


Envelheces
no átrio da loucura da
sabedoria


A luz não sabes ou vagamente
sabes
mutilado pelo silêncio excessivo
onde mergulhas


Espiral de pedra fria
a verdade
que choras fingindo


O sangue
desprende-se
na tua voz
em veias roubadas como se um rio mitológico
aqui pousasse
CASIMIRO DE BRITO in "labyrinthus"

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