sábado, novembro 30

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1665 - Graffiti.

"Se o PS não responde à situação em seis meses, há uma crise de regime"

Socialista, mas com a autonomia de sempre. A mesma que o fez saltar do partido (com uma incursão no PRD) a dada altura e o fez voltar, sentindo sempre que o perdão não foi total. José Medeiros Ferreira lança desafios vários ao actual líder do PS, doseados com farpas - "tem de perder o temor de não reunir a esquerda. As crianças das juventudes partidárias ficaram embebidas nesse temor" - e entra no tabuleiro das presidenciais para retirar António Costa e firmar António Guterres. Passou pelo governo, pelo parlamento, tem um largo percurso académico. Podia ter sido conselheiro de Estado, mas Sócrates mudou de ideias sem nunca lhe explicar porquê. "Fiz a minha vida", diz Medeiros, numa conversa com o i em que a Europa foi tema de arranque.
Lançou agora um livro sobre integração europeia, quando vivemos uma crise sem precedentes. Consegue encontrar o ponto em que começámos a ir pelo caminho que nos levou a esta situação?
Podia talvez marcar o ano de 1992, quando Portugal teve a primeira presidência da UE e, por essa razão e não por qualquer raciocínio económico ou financeiro, resolveu aderir ao sistema monetário europeu, cujas negociações a Grã-Bretanha tinha declinado. Portugal avançou, mesmo aceitando uma taxa de câmbio que sobrevalorizava o escudo. Toda a gente fala nas leis laborais e na má organização das empresas, mas poucos dizem que a primeira grande talhada na competitividade internacional da economia portuguesa foi dada pelos nossos negociadores financeiros: o ministro das Finanças e o governador do Banco de Portugal, no dia 4 de Abril de 1992.

Danitse - "Cuando ya no estés"


sexta-feira, novembro 29

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1164 - Graffiti.

Estaleiros de Viana morrem aos 69 anos. West Sea nasce em Janeiro

Empresa nacionalizada em 1975 estava há mais de dois anos parada, com 620 trabalhadores que vão ser alvo de despedimento colectivo.
 
A polémica ainda vai durar uns dias mas o destino dos Estaleiros de Viana está traçado. A empresa, criada em 1944 e nacionalizada em Setembro de 1975, acabou e vai dar lugar em Janeiro à West Sea, uma empresa privada do grupo Martifer, que ganhou o concurso para subconcessão dos terrenos e instalações dos estaleiros até 2031, mediante o pagamento de uma renda anual de 415 mil euros. Os actuais 620 trabalhadores vão ser alvo de um despedimento colectivo em que o governo espera gastar entre 25 e 30 milhões de euros. A nova empresa admite voltar a contratar alguns dos trabalhadores entretanto despedidos, até 400, mas as admissões estão obviamente condicionadas às encomendas e os contratos terão a duração de três anos.

A solução encontrada pelo governo para resolver a crítica situação dos Estaleiros de Viana, que estavam há dois anos praticamente parados, aconteceu depois de a Comissão Europeia ter impedido a sua privatização. A decisão de Bruxelas prende-se com ajudas ilegais do Estado à empresa, no valor de 181 milhões de euros, efectuadas nos governos socialistas de José Sócrates. Com esse problema entre mãos, o Ministério da Defesa optou então pela subconcessão, que teve dois concorrentes: a Martifer e um grupo russo, que entretanto foi excluído por ter apresentado a proposta definitiva fora do prazo.

terça-feira, novembro 26

uma foto por dia


photo: rogério barroso. foto n. 1663 - andorinhas.

segunda-feira, novembro 25

uma foto por dia


photo: rogério barroso. foto n. 1662 - barrio da gracia.

segunda-feira, novembro 4

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1661 - Pinóquio.

Governo bate recorde em gastos com escritórios de advogados

Os cortes nas despesas do Estado não são para todos. Ou melhor, não são em todas as rubricas. Há pelo menos uma em que as despesas não só não estão a diminuir como até têm vindo a aumentar. De acordo com a pesquisa do i aos procedimentos publicados no portal Base dos contratos públicos ( http://www.base.gov.pt/base2/), os vários organismos da administração central, local e regional assumiram encargos de 33,3 milhões de euros em 859 contratos de aquisição de serviços externos de consultoria/assessoria jurídica entre 2011 e 30 de Outubro deste ano.
Só nos primeiros dez meses deste ano já foram contratualizados 12 milhões em 302 contratos, o que representa um acréscimo de 17,6% em relação ao total das despesas nesta rubrica em todo o ano passado (10,2 milhões em 257 contratos). Estes números até pecam por defeito na medida em que nem todos os organismos divulgam os seus contratos e há procedimentos que só são publicados bastante tempo depois da data da sua assinatura.

domingo, novembro 3

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1660 - Gatos.

Magistrados do MP fazem greve antes da votação final do OE

Os associados do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) decidiram ontem, em Coimbra, realizar "uma jornada de protesto com greve pela dignificação do sistema de justiça", antes da votação final do Orçamento de Estado (OE) para 2014.
O presidente da direção do SMMP, Rui Cardoso, disse aos jornalistas, no final de uma assembleia-geral extraordinária da organização, que a paralisação será de um dia, associada a outras iniciativas de protesto nacional.

sábado, novembro 2

Quanto vai receber de subsídio de férias em Novembro?

O subsídio de férias que será pago em Novembro aos funcionários públicos e aos pensionistas chega a levar cortes superiores a 60% face aos acertos relativos às taxas de retenção na fonte de IRS. Confira as simulações da PricewaterhouseCoopers.

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1659 - Lisboa à noite.

Ângelo Correia "Parlamento devia decretar estado de emergência nacional"


Ângelo Correia tem um vasto percurso político: participou na criação do PPD, foi ministro da Administração Interna de Pinto Balsemão, esteve ligado à educação e à cultura e foi deputado à Assembleia da República, onde esteve ligado a diversas comissões parlamentares, da Defesa à Economia e Finanças. Actualmente é presidente da Fomentinvest e da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, mas está e esteve ligado a muito mais empresas, de diversos sectores de actividade. Ângelo Correia é considerado o mentor do actual primeiro- -ministro, Pedro Passos Coelho. Falámos sobre proximidades, rupturas e liberdade - a propósito deste texto, em primeiro lugar -, num país que considera estar à beira do abismo.