terça-feira, abril 29

Governo aproxima-se dos patrões e prolonga suspensão das horas extras

Uma medida para agradar aos patrões, outra para agradar aos sindicatos. Quando chegou à concertação social, ontem à tarde, o ministro Pedro Mota Soares já levava no bolso o anúncio de que afinal o Governo não iria reduzir as indemnizações por despedimento ilícito, respondendo aos apelos da UGT e da CGTP. Durante o encontro, foi sensível aos argumentos dos patrões e tirou da cartola a possibilidade de estender, até ao final de 2014, a suspensão das normas das convenções colectivas relativas às horas extraordinárias.

A medida tem sido reclamada pelas confederações patronais, que andam há alguns meses a fazer contas à vida por causa do aumento dos custos com o trabalho suplementar a partir de Agosto. Mas do lado dos sindicatos, foi recebida com relutância, em particular pela CGTP. “O Governo está a desenterrar o machado de guerra e a apostar na conflitualidade social”, avisou Arménio Carlos, dirigente daquela central, acusando o Governo de promover a redução dos salários.

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1717 - Abril mês de luta.

segunda-feira, abril 28

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1716 - Abril, mês de luta!

Indemnizações. Governo recua. CGTP diz que era inevitável

O secretário-geral da CGTP considerou hoje que o recuo do Governo em avançar com a redução das indemnizações nos despedimentos sem justa causa “era inevitável”, salientando que existem outras medidas que devem seguir o mesmo caminho.
“Era uma decisão inevitável perante a contestação popular que entretanto se verificou em todo o país, mas independentemente desta medida há outras que precisam de rapidamente seguir o mesmo caminho como por exemplo a lei da contratação coletiva que o Governo pretende rever”, disse à agência Lusa Arménio Carlos.
O Governo não deverá avançar com qualquer proposta para a redução das indemnizações pagas aos trabalhadores em caso de despedimento ilegal.

sábado, abril 26

Cavaco "nunca foi capaz de usar um cravo"


retirado do Expresso

O auditório da Fundação Oriente encheu-se so final da tarde desta sexta-feira para ouvir as intervenções de Mário Soares, do ex-Presidente do Brasil Lula da Silva, e do jornalista francês Dominique Pouchin. O mote para a conferência organizada pela Fundação Mário Soares foi "O 25 de Abril visto de fora".
Na plateia, muitos brasileiros que, entusiasmados, gritaram o nome de Lula, à chegada e à saída, antigos dirigentes e governantes socialistas, como Almeida Santos, Manuel Alegre, José Sócrates ou Vera Jardim, mas também o fundador do PSD, Francisco Pinto Balsemão, a viúva de José Saramago, Pilar del Rio, o ensaísta Eduardo Lourenço e o cientista Mário Ruivo.
O tema remetia para 1974, mas Mário Soares, desta vez, não resistiu a comentar a atualidade, confessando-se impressionado pela multidão que, esta tarde, desceu a avenida da Liberdade, celebrando o 25 de Abril, "quando se sabe que este Governo é contra o 25 de Abril e este Presidente da República nunca foi capaz de usar um cravo".
O histórico socialista, que recordou os primeiros tempos da Revolução - quando, a pedido de Spínola, percorreu toda a Europa para "explicar" o que estava a acontecer em Portugal e assim obter o reconhecimento internacional da democracia -, aproveitou para, mais uma vez, agradecer aos militares de Abril: "Devemos-lhes tudo", disse, sublinhando ainda o facto  de os militares terem abdicado do poder para o darem aos partidos.


Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1715 - Desfile do 25 de Abril na Av. da Liberdade.

Hackers atacam página do Ministério Público

A página da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa foi ontem atacada por um grupo de piratas informáticos. Nomes, contactos de telemóvel e emails de procuradores foram tornados públicos e ficaram disponíveis no site de partilha de informação AnonFiles. A informação foi divulgada pelo site Tugaleaks, que avançou também que o ataque foi feito por "um grupo de Anonymous" ainda não identificado.
Fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou ao i o ataque informático, garantindo que foram imediatamente accionados os meios para reparar os possíveis danos, esperando concluir o trabalho em poucas horas. A mesma fonte assegurou igualmente que nos próximos dias vão ser avaliadas as consequências deste ataque, existindo a possibilidade de abertura de uma investigação para apurar os autores de eventuais crimes.
Ao i, Maria José Morgado garante que este não é o primeiro ataque de que o portal da Procuradoria Distrital de Lisboa é alvo. A directora do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, apesar de não ter informações sobre o caso de ontem, assegura que num ataque informático anterior, ocorrido "há uns anos", chegou a ser apresentada uma queixa-crime.
O mesmo grupo fez também alterações à página do Sistema de Informação do Ministério Público (SIMP), na qual foi colocada uma mensagem alusiva ao 25 de Abril, assinada por "Anónimos Portugal". No ecrã preto pode ler-se o texto: "Isto é o descontentamento pela vossa inércia e cooperação com os marginais que têm levado Portugal a uma pobreza maior que há 40 anos." Na página de Facebook do Anonymous Portugal foi publicada a notícia juntamente com a questão: "Se eles não se conseguem proteger a eles próprios, como esperam proteger os cidadãos?"

quinta-feira, abril 24

1983 - Luís Cília - "A Máfia Lusitana"

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1714 - Rua dos Mastros.

"Solidariedade" da troika custa 124 milhões por mês só em juros

As sínteses sobre a execução orçamental confirmam mensalmente a ideia de que o ajustamento, cujo principal objectivo era ser atingido pela despesa, continua a ser conseguido quase exclusivamente pelos impostos. Quanto à fatia que devia caber à despesa do Estado, aqui as quedas justificam-se com despedimentos e cortes salariais.

A poucos dias da data imaginada por Paulo Portas para o fim do programa, o único sucesso que se vislumbra é o da ilusão do governo: a suserania oficial da troika vai acabar com a dívida, o desemprego e um défice bem acima do previsto aquando da assinatura do empréstimo de 78 mil milhões. A saber: em 2014, a dívida devia estar nos 107,6%, o PIB a crescer 2,5%, o desemprego nos 11,6% e o défice não superaria os 2,3%. Contudo, e assumindo a melhor das previsões, no final deste ano a dívida vai estar perto dos 130%, o PIB vai subir 1,2%, o desemprego persistirá nos 16% e o défice será de 4%.

Apesar da diferença entre os objectivos teóricos e os resultados efectivos do ajustamento, um item não acompanhou o ritmo do desfasamento: o preço a cobrar aos contribuintes portugueses pelo empréstimo solidário. Desde o início de 2012, os contribuintes em Portugal já tiveram de pagar 3 342 milhões de euros em juros aos responsáveis pelo resgate fechado em 2011 entre PS, PSD, CDS, Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu. São qualquer coisa como 124 milhões de euros por mês só em juros para as três instituições - considerando que os pagamentos começaram em Janeiro de 2012. Este ano, e entre Janeiro e Março, foram mais 405 milhões de euros só em juros para a troika, segundo os dados ontem avançados pela Direcção-Geral do Orçamento na síntese de execução orçamental.

terça-feira, abril 22

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1713 - Lisboa minha cidade.

Contra-ordenações. Uma só juíza deixou atrasar 8 mil processos

Uma juíza do Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa terá chegado a ter no seu juízo cerca de 8 mil processos atrasados em 2010: mais que a soma dos que estavam pendentes em todos os juízos do tribunal. Dessa lista, que inclui essencialmente processos de multas de trânsito e de delitos comuns, constavam oito processos movidos pelo Banco de Portugal (BdP) e pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que terão estado completamente parados. Alguns terão mesmo acabado por prescrever, como foi o caso de um processo movido pelo Banco de Portugal contra a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Albufeira.

Ao que o i averiguou, o então procurador coordenador do Ministério Público (MP) na Pequena Instância Criminal de Lisboa, Rómulo Mateus, terá em 2010 feito requerimentos em todos os processos parados, a pedir que se iniciasse o julgamento – e diminuindo assim o risco da prescrição. Na falta de respostas da juíza, terá então remetido um pedido de aceleração processual ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) num desses processos. Só nessa altura o órgão de disciplina dos juízes resolveu abrir com urgência um inquérito disciplinar à juíza Conceição Moreno, que ainda hoje se mantém em funções no 2.o juízo, 3.a secção, da Pequena Instância Criminal de Lisboa.

FMI. Aposentados do Estado são o alvo principal das reformas das pensões

Sustentabilidade e equidade. É com estas palavras que o Fundo Monetário Internacional (FMI) lança o tema da reforma do sistema de pensões em Portugal, o dossiê mais delicado de todos os que falta fechar no último exame do programa de ajustamento.
No relatório da 11ª avaliação o FMI recorda que a despesa com pensões face ao rendimento nacional mais do que duplicou nos últimos 20 anos, contribuindo para que Portugal tenha um nível de gastos sociais acima da média europeia. Não obstante, argumenta, esta despesa não contribuiu para reduzir a pobreza entre os mais velhos atribuída a baixos índices de progressividade.
Apesar de várias alterações introduzidas em nome da sustentabilidade, as "diferenças entre os benefícios para trabalhadores do sector privado e do sector público estão na raiz da ineficácia da despesa pública com pensões". E estas diferenças têm sido "difíceis de atacar", reconhece o FMI, que invoca decisões negativas do Tribunal Constitucional como a que travou a convergência entre as reformas públicas e privadas.

segunda-feira, abril 21

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1712 - Cravo.

"Quem quer cortar o cabelo à dívida quer cortar o cabelo a muitos portugueses"

Ir para Bruxelas "é um sonho" antigo que Carlos Zorrinho está à beira de cumprir, ao entrar no terceiro lugar da lista socialista ao parlamento europeu. Foi líder parlamentar numa fase tumultuosa na bancada do PS, mas não acredita que esses tempos regressem com um eventual resultado curto nas europeias. No caso da maioria já não tem dúvidas: uma "derrota clara" terá "significado político".

sábado, abril 19

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1711 - Mercearia.

quinta-feira, abril 17

Uma Foto Por Dia


photo: rogéio barroso. Foto nº 1710 - a luta da geração grisalha.

Presidente da República defende correção das situações de injustiça

O presidente da República, Aníbal cavaco silva, defendeu hoje que devem ser corrigidas as situações de injustiça que se criaram nos últimos anos nesta nova fase da vida do país.
“Os indicadores que vamos conhecendo e que evidenciam uma clara recuperação da economia, uma redução do desemprego e um aumento do clima de confiança, são uma janela de esperança para os portugueses mais atingidos”, disse.
“O dividendo orçamental do crescimento económico, proporcionado pelos aumentos das receitas dos impostos e pela redução dos subsídios de desemprego, é uma oportunidade que deve ser aproveitada para alcançar uma melhor conciliação entre as regras europeias de disciplina das contas pública e as correções das injustiças acumuladas nos últimos anos. A coesão social e os desafios do futuro assim o impõem”, acrescentou.

quarta-feira, abril 16

Pacheco Pereira "Quem pena com os excessos do PREC é quem não gostou do 25 de Abril"

Pacheco Pereira organizou a exposição da Assembleia da República que assinala os 40 anos da Revolução. A ideia presente no trabalho é a da construção da democracia num processo de conflito que ainda não acabou. Falemos então disso.

terça-feira, abril 15

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1709 - Geração grisalha também protesta.

Governo."Aquilo de que tanto se fala como a reforma do Estado é isto"

A ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou hoje que a consolidação orçamental prevista para 2015 corresponde, em grande parte, ao processo de reforma do Estado "de que tanto se fala".
No final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros que durou perto de seis horas, Maria Luís Albuquerque anunciou que a meta de redução do défice público para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 vai ser atingida com medidas equivalentes a 1400 milhões de euros e que, "em larga medida, correspondem ao processo de reforma do Estado".
"Aquilo de que tanto se fala como a reforma do Estado é isto: à medida que nós vamos tornando os serviços mais eficientes, que vamos procurando que se preste a mesma qualidade de serviço gastando menos recursos, que investimos no passado em determinados meios tecnológicos que permitem que a relação com o cidadão não exija o envolvimento de tantas pessoas, tudo isso nos permite pensar nos serviços públicos de uma forma diferente, e é esse conjunto de medidas, que são muitas, de reorganização em todos os ministério, que permite ascender a esta poupança nesta ordem de grandeza", acrescentou.

domingo, abril 13

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1707 - Reformados e pensionistas em luta.

Passos não vê razão para "bicho-de-sete-cabeças" à volta dos cortes


photo: rogério barroso

O primeiro-ministro afirmou hoje, em Valpaços, que não há nenhuma razão para se estar “a criar um bicho-de-sete-cabeças” à volta dos cortes que o Estado vai ter de fazer em 2015 e que serão divulgados, no essencial, na próxima semana.
“Nós, na próxima semana, iremos comunicar essas medidas. Não são medidas que incidam em matéria de impostas, salários ou pensões, creio que já esclareci bem essa matéria e não creio sinceramente que devemos estar todos os dias a criar uma notícia em volta dessa matéria”, disse Pedro Passos Coelho.
Para atingir a meta de défice de 2,5% em 2015, o primeiro-ministro referiu que terão de ser identificadas “poupanças ao nível da máquina do Estado que honrem esses compromissos”.
“Não é um trabalho que se faça de um dia para o outro, mas é um trabalho que será apresentado ao país muito proximamente e creio que, sinceramente, não há nenhuma razão para estar a criar um bicho-de-sete-cabeças à volta desses cortes que o Estado vai ter de fazer para o próximo ano”, sublinhou.
Passos Coelho salientou que, na próxima semana, será divulgado “o essencial dessas medidas, que serão depois completadas com a apresentação do Orçamento de Estado para 2015.

sábado, abril 12

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1706 - Cais das Colunas.

Vasco Lourenço. "No 25 de Abril não falhou nada. Os partidos é que falharam"


retirada do i

Em termos de 25 de Abril, propriamente dito, eu acho que não falhou nada. Os grandes objectivos do 25 de Abril foram cumpridos. Conseguimos a paz, com a resolução do problema colonial, a liberdade, a democracia e a justiça social. A aproximação entre os mais ricos e os mais pobres começou-se a fazer. Ganhou-se imenso na educação, na saúde, na segurança social. Ainda hoje vinha a ouvir na rádio a informação de que tínhamos, no 25 de Abril, 1% da população com cursos superiores, e hoje temos 15%. É uma diferença abissal. Isso foi o que o 25 de Abril permitiu...

quinta-feira, abril 10

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1704 - 25 de Abril Sempre. Fascismo Nunca Mais!

Assunção Esteves. Se capitães exigem falar no plenário “o problema é deles”

A presidente da Assembleia da República afirmou hoje que convidou a Associação 25 de Abril para estar presente na sessão solene comemorativa da revolução, e que se os militares impõem a condição de falar "o problema é deles".

"Todos os anos há convite à associação 25 de Abril. Este ano houve novo convite, o resto não existe, não comento o que não existe", começou por dizer Assunção Esteves aos jornalistas.

Confrontada com a condição de usar da palavra imposta pelo presidente da Associação 25 de Abri, Vasco Lourenço, para que os militares de Abril estejam presentes na sessão solene, Assunção Esteves respondeu: "O problema é deles".

"Houve um convite para virem ao parlamento, só", frisou a presidente da Assembleia da República.
O presidente da Associação 25 de Abril afirmou na quinta-feira que aguarda resposta da presidente da Assembleia da República sobre a condição de usar a palavra na sessão solene do 25 de Abril, que impôs para os capitães participarem na cerimónia, de que estão ausentes há dois anos.

"A senhora presidente da Assembleia da República fez-me um convite telefonicamente, eu disse quais as condições em que nós iríamos, ela ficou de nos dizer alguma coisa, ainda não disse", afirmou Vasco Lourenço aos jornalistas, à margem da apresentação do livro de Manuel Alegre "País de Abril".

Questionado sobre as condições, o presidente da Associação 25 de Abril reiterou que se trata de os militares de Abril usarem da palavra na sessão solene no plenário da Assembleia da República.

terça-feira, abril 8

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1703 - Lírio.

Catarina Martins acusa Catroga de 'indecência'

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins acusou ontem o ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga de "indecência" por se sentir "muito sacrificado" ao revelar na imprensa que perdeu dinheiro ao aceitar um cargo na EDP.

"Num país em que três em cada dez famílias não conseguem aquecer a casa, não conseguem ter energia porque não ganham para pagar a conta da luz, isto é indecência, isto é um insulto", declarou Catarina Martins em Olhão, num jantar com dezenas de militantes e apoiantes, no final do primeiro de dois dias de jornadas parlamentares do partido na região do Algarve.

"Hoje, não foi sem espanto que ouvi falar num homem que se tem sentido muito sacrificado neste país. Um homem que sente que está a perder com a 'troika' e a austeridade. Eduardo Catroga, o homem que dizia que tinha influenciado o memorando da 'troika' mas aparentemente já não se lembra disso", frisou ainda a coordenadora do partido.

Na sua intervenção, Catarina Martins reiterou a necessidade de se aumentar o salário mínimo nacional em Portugal.

O ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga disse ontem que perdeu dinheiro ao aceitar, em Fevereiro de 2012, o cargo de presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, cujo vencimento é de 35 mil euros por mês, noticia o Correio da Manhã.

Mário Soares quer que PGR questione Durão Barroso sobre BPN

Mário Soares quer que PGR questione Durão Barroso sobre BPN | iOnline

segunda-feira, abril 7

Zeca Afonso - Traz outro amigo também

Jerónimo diz que a educaçao voltou "aos tempos do fascismo"

Foi perante centenas de militantes da Juventude Comunista (JCP) que o secretário-geral do PCP teceu ontem duras críticas contra o actual sistema de educação em Portugal. Jerónimo de Sousa chega a considerar que a política de "elitização" do ensino "faz lembrar os tempos do fascismo".

Numa intervenção particularmente vincada em termos ideológicos (com a recusa do fim da "luta de classes" a surgir no discurso), Jerónimo encerrou o 10.o congresso da JCP, na Faculdade de Medicina Dentária, em Lisboa, lançando o alerta para a "brutal ofensiva" que o actual governo terá posto em marcha. Uma estratégia que visa, sobretudo, os jovens portugueses. Essa política, marcada, na opinião do líder comunista, por uma "violência brutal" contra os mais novos, materializa-se na "emigração forçada", no facto de "milhares de estudantes [serem] afastados do ensino superior" e no "exponencial crescimento das vertentes profissionalizantes do ensino", com "milhares de jovens empurrados para a desesperança". Jerónimo de Sousa - com um percurso profissional ligado ao trabalho fabril -, considera que essa via técnica do ensino ("o sistema de educação dual") está "a ser imposto à juventude portuguesa em todos os níveis" e tem conduzido "à elitização do acesso ao conhecimento".

Presidência da República e parlamento escondem as compras que fazem

Há milhares de organismos e entidades públicas que não publicam qualquer procedimento de aquisição de bens e serviços no portal Base dos contratos públicos (http://www.base.gov.pt/base2/).
A publicitação dos procedimentos contratuais no portal é obrigatória e o Código dos Contratos Públicos (CPC) determina até que a não publicitação tem como consequência a sua "ineficácia", nomeadamente em termos de pagamentos.

A pesquisa efectuada pelo i aos contratos publicados no primeiro trimestre deste ano permitiu constatar que a lista de organismos que não publicou qualquer contrato é muito vasta. E o número de procedimentos divulgados por muitas das entidades que o fizeram é irrisório, tendo em conta que estamos a falar de todo o tipo de compras para o seu funcionamento corrente.
Entre os 22 170 contratos publicados neste período, o i constatou que há centenas de empresas públicas e entidades do Sector Empresarial do Estado (Central, Local e Regional) e instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que não publicaram qualquer contrato. O contabilizou ainda apenas contratos de 87 das cerca de três mil freguesias, de 293 das 308 câmaras e de 23 das várias centenas de fundações com estatuto de utilidade pública e que receberam subsídios.

domingo, abril 6

If you go there to know why?

Despite awareness of the existence of an aging electorate to whom the European elections will say nothing, for political illiteracy, I have some curiosity to know how to behave neo-fascist coalition to the verdict of the Portuguese!

Uma Foto Por Dia


photo: madre deus barroso. Foto nº 1702 - Praia da Torreira.

Fruta portuguesa obrigada a usar rótulos espanhóis para entrar na América Latina


Portugal descurou, durante anos, as questões da promoção da sua agricultura e da exportação das suas produções. Como consequência as empresas portuguesas sentem, agora, dificuldades acrescidas na maior parte dos mercados externos.

Esta foi a principal ideia manifestada por Manuel Évora, administrador executivo do Grupo Luís Vicente, no painel de abertura do Supply Chain Meeting (encontro de operadores de transportes e logística), que se realizou em Vila Franca de Xira. O responsável daquele que é um dos maiores grupos portugueses no ramo da comercialização de produtos frutícolas disse mesmo que para exportar para o Brasil e para a maioria dos países da América-Latina a fruta “tem que ter rótulos espanhóis”.

sábado, abril 5

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1701 - Borboleta.

Passos já aceita falar em gestão europeia da dívida

O debate não chegou a ser explosivo, apesar do cheiro "intenso e tóxico", como o descreveu Assunção Esteves, que invadiu ontem o plenário devido a uma ruptura na caldeira da Assembleia da República, mas o ambiente entre o primeiro-ministro e o líder socialista foi aceso. A gestão da dívida soberana esteve no centro da discussão e o chefe do executivo diabolizou, como sempre, qualquer perdão, reestruturação e até a mutualização defendida pelo PS. Mas não fechou totalmente a porta a uma solução europeia que folgue a dívida soberana, desde que não sirva de argumento para a indisciplina orçamental.

O relatório final de um grupo de peritos europeus sobre o Fundo de Redenção e os eurobonds foi entregue no último dia de Março à Comissão Europeia (ver conclusões ao lado) e o primeiro-ministro aproveitou-o para se posicionar neste debate, numa altura em que está a caminho do parlamento uma petição para a reestruturação da dívida (que nasceu do Manifesto dos 74). O grupo de especialistas europeus "não faz propostas políticas ou recomendações", anotou a Comissão Europeia num comunicado divulgado com o relatório. E, a propósito destas soluções, Durão Barroso atirou para a frente, ao dizer que as europeias são "uma primeira oportunidade para discutir que espécie de União se quer".

Foi neste cenário que Passos, durante o debate quinzenal, acabou por revelar três perspectivas sobre a dívida: 1. a portuguesa é sustentável nos actuais moldes e quem diz o contrário (o PS) é irresponsável; 2. não há mais margem para negociar prazos ou juros da dívida nacional com os parceiros europeus, resta o perdão (que rejeita com veemência); 3. pagar em conjunto pode ser uma solução (o que nunca tinha admitido), se se mantiver a disciplina orçamental.

sexta-feira, abril 4

Barómetro i/Pitagórica. PS mais perto da maioria absoluta

O PS teria 39% dos votos nas legislativas, se as eleições se realizassem hoje. É o melhor resultado de sempre, que deixa o partido mais distante do PSD (a quase 12 pontos) e a menos de cinco pontos da maioria absoluta. À excepção do Bloco de Esquerda (BE), que acompanha a subida do PS, todos os partidos com assento parlamentar descem no barómetro i/Pitagórica de Março.

Mais de dez pontos separam o PS de Março de 2014 do PS de há exactamente um ano. Nessa altura, os socialistas bateram no fundo e estiveram perigosamente próximos do resultado obtido ainda por José Sócrates nas legislativas de 2011. Mas, nos últimos 12 meses, o partido de Seguro tem protagonizado uma subida paulatina. Com excepção para o mês de Fevereiro, o percurso do último ano tem registado uma escalada de resultados, um após o outro, a cada novo barómetro apresentado.

E, face ao mês passado, o PS sobe 1,8% nas intenções de voto, para os 39%. Numa altura em que António José Seguro se prepara para o primeiro embate eleitoral de carácter nacional (o secretário-geral ainda só foi sujeito ao voto dos portugueses nas eleições locais de Setembro, que resultou, de resto, num novo recorde de câmaras para o PS - 150), a margem que o separa da maioria absoluta é a mais curta de sempre. Mas a confiança dos portugueses não chega a tanto.

“Não vamos alargar cortes nos salários e pensões em 2015”, garante Passos

O primeiro-ministro foi hoje instado pelo líder do PS a dizer que cortes vai acrescentar para cumprir a meta de défice para 2015 e exigindo mesmo um pedido de desculpas a Passos Coelho. Mas o chefe do executivo nada acrescentou garantindo apenas que o governo “não vai alargar cortes em salários e pensões em 2015”.

SÍ A LA VIDA


quinta-feira, abril 3

BioTerra: Agostinho da Silva - faleceu há 20 anos

BioTerra: Agostinho da Silva - faleceu há 20 anos: Recomendo vivamente este documentário do João Rodrigo, neto do professor Agostinho da Silva. Mais informações Portal Agostinho da Si...

quarta-feira, abril 2

Uma Foto Por Dia


photo: rogério barroso. Foto nº 1700 - flor; a cor de Abril!

Europeias sem tabus

Já não é felizmente crível que a campanha eleitoral das próximas europeias se venha a limitar, para não assustar a sensibilidade - ou a ditadura - dos mercados (invocada só quando convém), à repetição de banalidades sobre a Europa, à oratória guerreira dos principais candidatos ao Parlamento Europeu ou a quem deva ocupar a grelha de partida para a corrida a primeiro-ministro em 2015 ou até a Presidente da República em 2016.

Se alguns sonhavam, até há pouco ,continuar a enredar o povo no bric à brac modorrento e politiqueiro do dizes- tu-respondo-eu, que tem ocupado parte substancial da vida pública do país, e esquecer o debate de problemas centrais dos portugueses na Europa e na moeda única, a força de realidades entretanto desnudadas e a dinâmica da sociedade civil despertada pelo manifesto dos 74 deixam adivinhar tempos menos cinzentos para a afirmação e o confronto democrático de ideias e de propostas alternativas para o nosso futuro individual e colectivo.

terça-feira, abril 1

Sorteio do fisco arranca com mais de 207 milhões de cupões

Os primeiros concursos regulares de facturas do fisco, que arrancam este mês, vai ter em jogo cerca de 207,3 milhões de cupões, que resultam de facturas emitidas com Número de Identificação Fiscal (NIF) em Janeiro, segundo a informação disponibilizada no site da “Factura da Sorte”.

O Ministério das Finanças previa que o sorteio arrancasse na primeira semana de Abril, mas ainda não há data oficial para o concurso. O PÚBLICO questionou a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais sobre a data estimada, mas não obteve resposta até ao momento.