As barreiras arquitectónicas que continuam a proliferar pelos mais diversos locais são um dos principais problemas a afectar os deficientes, segundo Adelino Pais Fernandes, presidente da delegação distrital de Castelo Branco da Associação Portuguesa de Deficientes, que promoveu um encontro onde estiveram dezenas de pessoas provenientes de vários locais do País. "Trata-se de um dos obstáculos que mais afectam os deficientes. Enquanto não eliminarmos as barreiras mentais das pessoas, jamais haverá barreiras eliminadas", explicou o dirigente. Embora lentamente, já foram dados alguns passos, para que esta situação seja resolvida, como recorda Adelino Fernandes: "Temos que reconhecer, no entanto, e apesar da sua lentidão, que alguma coisa já foi feita neste sentido". Apesar da ligeira melhoria, os deficientes, continuam a enfrentar obstáculos de vária ordem, como é o exemplo de habitações sem elevador e rampas sem o desnível adequado de seis por cento. "Temos conhecimento da existência de rampas com desnível que ronda os 30 e 40 por cento, com a consequente perigosidade que tal representa para o deficiente", alertou o dirigente.
Relativamente a deficientes isolados no distrito de Castelo Branco, Adelino Fernandes, lembra que o isolamento existe um pouco por todo o lado, atribuindo esta situação, na sua maioria, aos próprios familiares. "Existem pessoas que não assumem a sua deficiência, e por outro lado, são os familiares que também não querem assumir. No entanto, existem também casos de isolamento devido às circunstâncias e à imobilidade".
Fonte: Primeiro de Janeiro
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