Sondagens há para todos os gostos. Os políticos costumam afirmar que, as sondagens valem o que valem.
Todos sabemos que a sondagem é a obtenção de dados estatísticos, mediante adequado esquema de perguntas.
Aqui é que reside o “busílis” da questão – “adequado esquema de perguntas”.
As últimas sondagens divulgadas pela imprensa davam:
60% Cavaco Silva
16% Manuel Alegre
13% Mário Soares
07% Jerónimo Sousa
04% Francisco Louça
00% Garcia Pereira
Desconheço se o nome do candidato Garcia Pereira estava incluído na pergunta formulada aos inquiridos. Se entrou, então nenhum dos inquiridos referiu o seu nome, daí os 0%.
Contudo, que valor tem uma sondagem quando um dos candidatos foi manifestamente “ostracisado” pelos media. Não entrou em nenhum debate televisivo. As televisões praticamente ignoram o seu tempo de campanha presidencial.
Porque será que as sondagens efectuadas para as campanhas legislativas e, autárquicas, nunca acertam nas percentagens atribuídas à CDU.
Será que os responsáveis pelas empresas de sondagens existentes neste País, lêem pela mesma cartilha do jornalista Luís Delgado. É que esse nas suas Linhas Direitas no Diário de Notícias já atribuiu a vitória à primeira volta a Aníbal Cavaco Silva.
Tenham calma, a grande sondagem será no próximo dia 22 do corrente mês e, a percentagem final só será conhecida no final dessa noite.
Agora começa a campanha propriamente dita. Os indecisos têm quinze dias para meditarem onde colocar a cruz no respectivo boletim de voto.
Até lá peço honestidade de todos os media. Trinta anos de democracia exigem-no.
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