sábado, julho 8

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“… fingiremos a ordem para podermos refazer o caos.”

al berto


“… seria interessante contrapor ideias. a ideia de cidade – um espaço para mim fulcral, diria até vital – e, a ideia oposta a esta, a ideia de silêncio… não consigo viver em ambas mas não desfruto das mesmas em conjunto, pois elas não se pronunciam em uníssono, não co-habitam o mesmo espaço.
é verdadeiramente interessante o sentimento que nos invade quando entramos numa igreja em pleno Chiado – ou noutro sítio qualquer - . A azáfama do quotidiano desvanece e, ali, naquele espaço dedicado ao transcendente, ao incrédulo, a introspecção toma lugar. o barulho desaparece e encontro-me. apenas sou só eu… a verticalidade dos prédios desaparece, a sinuosidade das ruas é agora trocada pela sinuosidade do silêncio, as vozes balbuciantes que por vezes me matam são agora trocadas pelo vazio, pelos meus pensamentos silenciosos. Era bom, que ao olhar o Tejo, ao olhar a decadência da cidade, a cacofonia deste aglomerado, as pessoas enchergassem a perfeição que é Lisboa. Um sítio deixado à má sorte, aos vagabundos… um sítio que permite um passeio pelas mais intrínsecas sinestesias … pela perfeição!”

Um comentário:

joaopedromira disse...

Redescobrir a nossa cidade pode ser uma viagem! É o que tenho feito por entre dias de ideias suspensas.E tenho descoberto coisas
incríveis!mesmo!!
Por vezes aparece-me uma cidade triste, enfadonha; noutras alturas vislumbro uma cidade quase perfeita, intocável!
Acho que ela só sabe viver assim.
Entre um chiado cosmopolita, e cada vez mais multi-cultural,e um cais do sodré desordenado e decadente tudo acontece; é um contraste e pêras!! eheheh


Parabéns à Inês pela escolha do texto,e que não cumprimentei no outro dia (desculpa), e à Catarina
beijinhos.
e toca comentar o meu blog!!
bem, ou não!! hihi