quarta-feira, dezembro 28

RAIZ

Canto a raiz do espaço na raiz
do tempo. E os passos por andar nos passos
caminhados. Começa o canto onde começo
caminho onde caminhas passo a passo.
E braço a braço meço o espaço dos teus braços:
oitenta e nove mil quilómetros quadrados.
E um país por achar neste país.

Manuel Alegre, in “O Canto e as Armas”

3 comentários:

Anônimo disse...

... por mais perdidos que estejamos nestes «oitenta e nove mil quilómetros quadrados», existe sempre uma réstia de esperança... mais que não seja, encontrá-la-emos nos braços de alguém, no seu regaço... é isto que devemos a nós próprios, ao nosso país que se encontra por descobrir...
o continuar a «descobrir», é o que nos resta...
deixemo-nos de palavras... hajamos (verbo irregular... como o verdadeiro «tuga»)!

ah... já falta pouco para dia 21 e, contudo, não acredito que alguém descubra o pedaço de terra que é portugal... acho que vamos continuar perdidos por caminhos incertos... que nos restem então os braços para nos perdermos noutros caminhos. Diferentes, sim... mas não menos interessantes!!

sónia disse...

...
eu faço anos no dia 21! mas não precisam de descobrir Portugal para me darem um beijo!lol...

...linda, as eleições são no dia 22...e não te esqueças de ir votar, mesmo que em recobro da noite anterior!

Anônimo disse...

... o dia 21 está à porta... bem sei que as eleições são a 22. eu cá acho que a cruz no quadradinho se deve de fazer com alguma consciência... já basta a «merda» de antes!

ah, enquanto a beijos, não gosto deles por reconforto... gosto deles bem dados e apenas porque «sim»... Portugal, vou descobrindo, só tenho pena de o conhecer bem demais para saber de antemão que nada muda, ou quando muda, não é necessariamente para melhor... temos pena, mas olha... é assim!

e como provas, não as melhores, mas factuais, temos este poema da década de 70... vão os anos, mudam-se as vontades, mas o país continua no marasmo de sempre...

por isso dia 22! já sabem