Integrando na mitogenia portuguesa a crença messiânica num chefe carismático, que pela sua intervenção na cena política nacional permitiria a restauração do prestígio do País e a renovada afirmação das suas potencialidades eis que finalmente surge o “encoberto” salvador da pátria. Não, não apareceu em Lagos numa manhã de nevoeiro, desta feita surge de Boliqueime, ou será que também é um daqueles que esteve de férias sabáticas em Marte, que nunca participou na vida política deste país (a afirmação de que não se trata de um político profissional é qualquer coisa de surrealista). Os portugueses (alguns) parecem que têm a memória curta, já não se lembram do “homem do leme”, aquele que não tinha dúvidas e que raramente lia jornais. Também não lia livros, não admira que tenha sido no seu mandato como 1º ministro, que um seu subordinado (dada a sua pequenez não menciono o cargo nem o nome) com pelouro no Ministério da Cultura, tenha censurado o livro Evangelho segundo Jesus Cristo de José Saramago, a um prémio literário no estrangeiro.
O “encoberto” que ainda não deu a cara nos placares de campanha à Presidência da República, talvez com receio de que alguns (muitos digo eu) portugueses ainda se lembrem que foi no seu mandato na governação do País, que os polícias que se manifestavam ordeiramente no Terreiro do Paço, foram alvo de um banho monumental por parte de outros polícias, que a mando do senhor professor, barraram a manifestação dos colegas. Os portugueses lembram-se também do bloqueio na ponte 25 de Abril, cujas imagens percorreram o mundo e, que desgraçadamente atingiu um jovem na flor da idade, com uma bala que ninguém disparou, mas que serviu para mandar para uma cadeira de rodas um jovem que ainda luta em tribunal para ver o seu problema resolvido.
O “encoberto” que afirma a sete ventos não ser um político profissional, mas não abdicar das reformas a que tem direito enquanto 1.º Ministro, que afirma que a sua candidatura é uma candidatura independente, quando toda a gente sabe que é apoiado pelo PSD e CDS/PP. Não é preciso vir com a lenga-lenga, que se trata de um cargo unipessoal, apartidário, blá, blá, blá.
O “encoberto” que estrategicamente não responde aos seus adversários concorrentes à Presidência da República, pois tem os seus mandatários nos mídia a falar por si, vai ter que tomar uns calmantes, já que terá que os defrontar (ainda que a muito custo) nos debates televisivos a dois, até nisto somos sui generis, com a exclusão de outros putativos candidatos.
Aguarde-mos pelos debates, fia-te na virgem e não corras....
O “encoberto” que ainda não deu a cara nos placares de campanha à Presidência da República, talvez com receio de que alguns (muitos digo eu) portugueses ainda se lembrem que foi no seu mandato na governação do País, que os polícias que se manifestavam ordeiramente no Terreiro do Paço, foram alvo de um banho monumental por parte de outros polícias, que a mando do senhor professor, barraram a manifestação dos colegas. Os portugueses lembram-se também do bloqueio na ponte 25 de Abril, cujas imagens percorreram o mundo e, que desgraçadamente atingiu um jovem na flor da idade, com uma bala que ninguém disparou, mas que serviu para mandar para uma cadeira de rodas um jovem que ainda luta em tribunal para ver o seu problema resolvido.
O “encoberto” que afirma a sete ventos não ser um político profissional, mas não abdicar das reformas a que tem direito enquanto 1.º Ministro, que afirma que a sua candidatura é uma candidatura independente, quando toda a gente sabe que é apoiado pelo PSD e CDS/PP. Não é preciso vir com a lenga-lenga, que se trata de um cargo unipessoal, apartidário, blá, blá, blá.
O “encoberto” que estrategicamente não responde aos seus adversários concorrentes à Presidência da República, pois tem os seus mandatários nos mídia a falar por si, vai ter que tomar uns calmantes, já que terá que os defrontar (ainda que a muito custo) nos debates televisivos a dois, até nisto somos sui generis, com a exclusão de outros putativos candidatos.
Aguarde-mos pelos debates, fia-te na virgem e não corras....
Um comentário:
comentári ao encoberto: de anonimo: cócó ranheta e facada!
... isto do encoberto está-nos no sangue, o natismo do sofrimento, o medo de pontos finais... faz tudo parte do fado do verdadeiro 'tuga'! a sorte, a sorte dos que não têm medo de dar uma corridinha, por mais lenta que seja, como é o nosso caso, é o de que, por menos clarividente que surga a imagem desse que se considera o messias deste tempo, Ele, apresenta-se tal qual como é... simplesmente nada! Tão nada que prefere 'encobrir-se' por detrás de um cartaz com um slogan publicitário de quinta categoria para que não recordemos o marasmo de país que nos deixou e que agora ressentimos na pele! Contudo, é sempre bom sermos providos de sentido de humor e, agradecer ao messias da era portuguesa pelo facto de nos possibilitar o não vislunbramento do seu rosto! Sim, porque já bastaram os anos do seu antigo mandato em que o que nos restava era mesmo mudar de canal afim de apaziguar os nossos olhos. Que venha então o novo 'tal canal' para que, pelo menos, vislumbremos um novo rosto, uma nova lufada de ar fresco...
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