Eu estive lá e presenciei uma manifestação como há muito não via. Foram muitos milhares de professores, falam em 100 000, vindos de todos os pontos do País.
Eu estive lá e vi na cabeça da manifestação os líderes da Fenprof, da FNE e, do Sindicato Independente dos Professores. Este governo conseguiu a proeza de unir a classe, na contestação à política de Maria de Lurdes Rodrigues – (horários de trabalho, fractura da carreira, prova de ingresso na profissão, gestão escolar, municipalização do ensino básico, alteração das regras da Educação Especial...).
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Vi professores no início da carreira ao lado de professores veteranos contestando as políticas do Ministério da Educação.
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Eu estive lá: na Avenida da Liberdade, nos Restauradores, no Rossio, na Rua do Ouro e, finalmente no Terreiro do Paço, durante mais de 4 horas e, vi milhares e milhares de professores gritando que é falso que não queiram ser avaliados. Disseram bem alto que querem ser avaliados, mas querem um modelo de avaliação negociado com os sindicatos, um modelo credível, com objectivos credíveis e bem definidos. Não querem um modelo de avaliação que ninguém entende, imposto a meio de um ano lectivo. Querem um tratamento digno e respeitoso. Não querem uma ministra que constantemente os apelida de ignorantes e, mentirosos.