sábado, março 8

A MARCHA DA INDIGNAÇÃO DOS PROFESSORES

Eu estive lá e presenciei uma manifestação como há muito não via. Foram muitos milhares de professores, falam em 100 000, vindos de todos os pontos do País.
Eu estive lá e vi na cabeça da manifestação os líderes da Fenprof, da FNE e, do Sindicato Independente dos Professores. Este governo conseguiu a proeza de unir a classe, na contestação à política de Maria de Lurdes Rodrigues – (horários de trabalho, fractura da carreira, prova de ingresso na profissão, gestão escolar, municipalização do ensino básico, alteração das regras da Educação Especial...).




Vi professores no início da carreira ao lado de professores veteranos contestando as políticas do Ministério da Educação.







Eu estive lá: na Avenida da Liberdade, nos Restauradores, no Rossio, na Rua do Ouro e, finalmente no Terreiro do Paço, durante mais de 4 horas e, vi milhares e milhares de professores gritando que é falso que não queiram ser avaliados. Disseram bem alto que querem ser avaliados, mas querem um modelo de avaliação negociado com os sindicatos, um modelo credível, com objectivos credíveis e bem definidos. Não querem um modelo de avaliação que ninguém entende, imposto a meio de um ano lectivo. Querem um tratamento digno e respeitoso. Não querem uma ministra que constantemente os apelida de ignorantes e, mentirosos.












































A ministra continua irredutível, não cede um milímetro. O primeiro-ministro protege a sua ministra com unhas e dentes. Hoje Sócrates deve ter sentido que se não gerir este problema com inteligência e sensibilidade possivelmente não ganhará as próximas eleições. Não lhe bastará baixar impostos, nem dar mais umas décimas nos aumentos dos funcionários públicos. Nada ficará como dantes. Estou curioso para ouvir o que tem a dizer o Presidente da República sobre tão escaldante tema. Estou também muito curioso para ouvir o deputado socialista Manuel Alegre. Sei o que pensam o PCP, Bloco de Esquerda, Luís Filipe Menezes e o CDS-PP.

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