Cientistas do Imperial College, de Londres, estão a desenvolver um novo medicamento contra a obesidade, cujas versões vão incluir uma pastilha elástica e um spray nasal.
A terapêutica é baseada na sintetização do polipéptido pancreático (PP), uma hormona produzida pelo pâncreas que induz a sensação de estar "cheio" após a refeição.
Segundo a BBC News, o tratamento vai começar a estar disponível no prazo de cinco a oito anos, através de uma injecção. Porém, a grande meta é avançar para a versão ingerível, que promete ser um sucesso imediato entre o público-alvo: "Fixámo-nos nesta ideia de uma pastilha elástica, porque as pessoas obesas gostam de mastigar", explicou Steve Bloom, líder da equipa de investigadores.
A pesquisa começou quando os cientistas verificaram que doentes com uma determinada variante de tumor do pâncreas produziam mais PPe, consequentemente, se mantinham magros, sem outros efeitos secundários. Testes posteriores com um grupo de voluntários, "com excesso de peso moderado, mas saudáveis", confirmaram que a ingestão da hormona reduz o apetite entre 15% e 20%.
Já se sabia que algumas pessoas produzem maiores doses da hormona do que outras, e que quanto mais obeso se fica menor é aprodução de PP e a capacidade de resistir à comida.
Portugal tem peso amais
A terapêutica pode significar um passo de gigante no combate a um dos maiores problemas de saúde da actualidade, sobretudo nos países desenvolvidos.
Actualmente, um em cada três adultos do planeta é obeso e a taxa pode subir para um em três até 2010.
Em Portugal, segundo dados da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, "cerca de metade da população tem excesso de peso".
O País é também o mais mal colocado da Europa a 25, a par de Malta, na obesidade entre crianças com menos de 11 anos.
A obesidade é responsável por 57% dos casos de diabetes, e é associada a doenças coronárias, hipertensão e vários tipos de cancro, entre outros problemas.
Fonte: Diário de Notícias
Autor: Pedro Sousa Tavares
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