Hoje no suplemento de economia do Diário de Notícias vem um artigo da autoria da jornalista Carla Aguiar, sobre os salários auferidos pelos funcionários públicos portugueses, com a afirmação de que estes ganham em média 2.158,00 €, seguidos dos funcionários públicos espanhóis com 2.200,00 €, dos gregos com 3.000,00 €, dos irlandeses com 4.000,00 € e, finalmente dos luxemburgueses, com 5.700,00 €.
Não sei sinceramente em que dados se baseou a jornalista para apresentar um montante tão elevado, ou então já me esqueci do que realmente aprendi na disciplina de Matemática, sobre médias.
Sou funcionário público há 36 anos, nos serviços onde trabalho com aproximadamente 1000 funcionários, não me enganarei se afirmar que em média os salários rondarão os 900,00 €; dado tratar-se de um organismo onde a maioria é pessoal administrativo.
Se no estudo estiverem contemplados médicos, professores universitários, juízes, professores dos restantes graus de ensino, já não digo nada - acontece que esses grupos são funcionários públicos, mas chamados corpos especiais, com carreiras que nada têm a ver, com as carreiras da Administração Central e, Local.
Tem de haver honestidade intelectual neste tipo de trabalho porque, também poderia dizer que, numa determinada Câmara do interior do País, a média dos salários auferidos pelos trabalhadores rondará os 750,00 €. Trata-se de um número mandado para o ar!
Se o próprio governo não sabe ao certo o número de funcionários públicos da Administração Pública, como se pode chegar ao valor acima apresentado.
Já chega de bater nos desgraçados dos trabalhadores da função pública, eu sei que o governo agradece este tipo de notícias. Num País onde o desemprego aumenta cada dia que passa, causa impressão a quem não tem emprego ver escarrapachado notícias que apontam para vencimentos agradáveis, em malandros “parasitas” mangas de alpaca que nada fazem.
Sejamos honestos!
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