segunda-feira, setembro 23

Crise parte 2. Passos culpa Portas pelo segundo resgate iminente


O risco de um segundo resgate entrou na agenda política a menos de uma semana das eleições autárquicas e foi o próprio primeiro-ministro que assumiu, numa acção de campanha em Alcanena, que esse cenário é hoje mais provável do que antes da crise política, provocada pela demissão de Paulo Portas.
"Ainda em Maio deste ano os nossos juros a 10 anos estavam quase a baixar a fasquia dos 5%. Isso dava-nos uma perspectiva boa de fechar o actual processo de assistência económica e financeira e de poder, com a ajuda europeia, transitar para os mercados e fechar este programa de assistência. Quero dizer-vos que com juros de 7% ,como temos hoje, essa perspectiva é mais difícil", disse, anteontem à noite, o líder do PSD.
Passos Coelho assumiu mesmo que "fora de Portugal começam a haver dúvidas sobre se nós conseguiremos fechar este processo" - um cenário que Paulo Portas recusou abordar numa acção de campanha em Alcobaça na mesma noite - e não deixou de relacionar as dificuldades em voltar aos mercados com "um sobressalto que nós tivemos no Verão".

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