"Gostaria apenas de esclarecer - e não é que tenha particular relevância para esta conversa - que no IGCP as minhas funções nunca passaram por esta matéria, mas pelas emissões de dívida. Portanto, enquanto estive no IGCP não tive qualquer contacto com swaps, nem do IGCP nem de natureza nenhuma." Esta afirmação de Maria Luís Albuquerque foi proferida na comissão de inquérito aos swaps quando era secretária de Estado do Tesouro. Acontece que os factos mostram que a actual ministra das Finanças também analisou e deu pareceres sobre swaps enquanto técnica do IGCP. E a auditoria interna ao Tesouro, mandada efectuar pela ministra, refere, no caso das Estradas de Portugal, "que a empresa comunicou as condições da operação contratada previamente à sua concretização, tendo a mesma sido autorizada conforme parecer favorável do IGCP". Esta avaliação é feita em relação ao swap da EP e não à operação de financiamento de 150 milhões, porque o objecto da auditora era perceber o que tinha corrido mal no controlo dos instrumentos de gestao de risco financeiro. Isto é, o empréstimo de 150 milhões, que tinha um swap associado, teve parecer favorável de Maria Luís Albuquerque.
O mesmo se passou com um empréstimo da CP, em que Maria Luís deu um parecer técnico com sugestões de alterações aos spreads propostos pelo Citi para um swap que a empresa ia contratar associado ao financiamento.
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