O elevado fardo de cortes para o ano e o medo de que o Tribunal Constitucional dificulte ainda mais as contas para 2014 estão a levar o governo a ensaiar a estratégia de pressionar aos poucos a troika para que a meta do défice para o ano seja de 4,5% e não de 4%. Mas se dentro do próprio governo o tom difere entre os ministros com responsabilidade e o primeiro-ministro, de Bruxelas a resposta é para já a uma só voz: o gabinete do presidente do Eurogrupo diz desconhecer as pretensões portuguesas e Durão Barroso insistiu em não falar sobre o assunto, direccionando a questão para a necessidade de Portugal cumprir com o acordado para recuperar a credibilidade perdida.
Mas afinal o que pretende o governo? Para já que a troika suavize a meta do défice para o ano 0,5 pontos percentuais (ajudando assim na elaboração do Orçamento do Estado, que está a um mês de ser apresentado), mas sem grande alarido, para não provocar tumultos nos mercados, já escaldados com a Grécia e com a crise política do início do Verão.
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