photo: rogério barroso. Foto nº 1556 - Pombos, recolhidos da chuva.
domingo, março 31
Soneto Já Antigo
Olha, Daisy: quando eu morrer tu hás de
dizer aos meus amigos aí de Londres,
embora não o sintas, que tu escondes
a grande dor da minha morte. Irás de
Londres p'ra Iorque, onde nasceste (dizes...
que eu nada que tu digas acredito),
contar àquele pobre rapazito
que me deu tantas horas tão felizes,
Embora não o saibas, que morri...
mesmo ele, a quem eu tanto julguei amar,
nada se importará... Depois vai dar
a notícia a essa estranha Cecily
que acreditava que eu seria grande...
Raios partam a vida e quem lá ande!
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Soneto Já Antigo
sábado, março 30
Ana Drago.“O PS e o BE têm de trabalhar numa resposta de urgência”
A deputada bloquista terá, nas próximas eleições autárquicas, a sua segunda experiência autárquica, novamente como cabeça de lista do BE à Assembleia Municipal de Lisboa e vai mais longe que o líder do BE, João Semedo, na necessidade um entendimento entre as forças de esquerda, embora admita que a postura do PS nas autárquicas não facilita o diálogo. Foi crítica da liderança bicéfala, mas, nesta entrevista feita na Assembleia da República, assume que “o tempo provou que estava errada”.
sexta-feira, março 29
Quero Acabar
Quero acabar entre rosas, porque as amei na infância.
Os crisântemos de depois, desfolhei-os a frio.
Falem pouco, devagar.
Que eu não oiça, sobretudo com o pensamento.
O que quis? Tenho as mãos vazias,
Crispadas flebilmente sobre a colcha longínqua.
O que pensei? Tenho a boca seca, abstrata.
O que vivi? Era tão bom dormir!
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Barómetro i/Pitagórica. Popularidade do governo cai a pique
O Presidente da República bem pode dizer que a sua influência se exerce longe dos holofotes mediáticos – não basta. Para 56,3% dos inquiridos, a actuação de Cavaco Silva não é digna de nota positiva, e são mais 2,7% a reprovar a acção do chefe de Estado que em Janeiro. A média de classificações de todos os inquiridos não permite ao Presidente sair este mês da mancha negra de popularidade – recebe nota 6,4 na sua actuação. Do outro lado, 13,3% dos inquiridos dão nota alta a Cavaco – entre 14 e 20 valores – mas são, ainda assim, menos 1,1% que no início do ano. O resultado deste barómetro fica muito próximo dos 6,1 de Dezembro do ano passado, quando o chefe de Estado atingiu o valor mais baixo desde Outubro de 2012. O momento de glória do Presidente da República aconteceu em Janeiro deste ano. No seu discurso de ano novo, o chefe de Estado alertou o país – e, obviamente, o governo – para a situação “socialmente insustentável” em que o país poderia afundar-se.
quinta-feira, março 28
Passos admite demissão se houver chumbo do TC
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reconheceu perante o seu núcleo duro que o Governo pode não chegar ao final da legislatura. O chefe do executivo admitiu, anteontem, que as dificuldades políticas que se avizinham com um eventual chumbo ao Orçamento do Estado (OE) deste ano pelo Tribunal Constitucional (TC) podem forçá-lo a demitir-se.
Na reunião da última Comissão Permanente do Partido Social-Democrata (PSD) Passos Coelho fez uma reflexão sobre o actual momento político, expressando os seus receios sobre a incapacidade do seu Governo em encontrar alternativas às medidas que o TC viesse, eventualmente, a vetar o OE.
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Barómetro i/Pitagórica. Maioria quer eleições,caso o TC chumbe o orçamento
A maioria dos portugueses não dá margem de manobra ao presidente da República. Caso o Tribunal Constitucional decida pelo chumbo de alguma das três normas do Orçamento de Estado (OE) sob escrutínio, Cavaco Silva deve dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas. É, pelo menos, essa a opinião de metade dos inquiridos (50,8%) do barómetro i/Pitagórica.
Entre os defensores desta opção radical, destacam-se os homens com idades entre os 35 e 54 anos, de classe social A e B, sendo que a maioria votou nos três partidos de esquerda nas últimas eleições legislativas de 2011.
quarta-feira, março 27
Chega Através
Chega através do dia de névoa alguma coisa do esquecimento,
Vem brandamente com a tarde a oportunidade da perda.
Adormeço sem dormir, ao relento da vida.
É inútil dizer-me que as ações têm conseqüências.
É inútil eu saber que as ações usam conseqüências.
É inútil tudo, é inútil tudo, é inútil tudo.
Através do dia de névoa não chega coisa nenhuma.
Tinha agora vontade
De ir esperar ao comboio da Europa o viajante anunciado,
De ir ao cais ver entrar o navio e ter pena de tudo.
Não vem com a tarde oportunidade nenhuma.
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Num só ano o Estado já pagou mais de 300 mil euros à empresa de António Borges
Foi um caso muito falado e que levantou muitas perplexidades, particularmente na oposição. Mais de um ano depois, o governo responde às dúvidas do PS e divulga o contrato celebrado no dia 29 de Fevereiro de 2012 entre a empresa estatal Parpública e o conhecido e polémico economista António Borges, a que o i teve acesso em primeira mão.
Com um extenso programa de privatizações inscrito no Memorando de entendimento com a troika e outras da exclusiva responsabilidade da maioria PSD/CDS, como a RTP e os CTT, o executivo de Passos Coelho, um dos mais reduzidos da democracia, decidiu contratar António Borges como consultor para esta área específica. O contrato foi assinado entre a Parpública e a empresa ABDL L.da, uma sociedade por quotas entre António Mendo Castel-Branco Borges e Diogo José Fernandes Homem de Lucena, em que António Borges tem uma quota de 15 012,02 euros e Lucena uma de 4987,98 euros.
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terça-feira, março 26
Morais Sarmento diz que Sócrates “é um homem sem medo e sem vergonha”
Nuno Morais Sarmento considera que José Sócrates aceitou regressar à vida pública nacional, através de um espaço de comentário na RTP, para “capitanear a oposição” e referiu-se ao ex-primeiro-ministro como “um homem sem medo e sem vergonha”.
Em entrevista à Renascença, Morais Sarmento, que também vai ter um espaço de comentário político no mesmo canal de televisão, defendeu que “ José Sócrates tem duas características que o fazem capaz do melhor e do pior: é um homem sem medo e sem vergonha”.
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segunda-feira, março 25
Estes economistas já vêem Portugal fora do euro e dizem como vai ser
Há cada vez mais vozes a defenderem a saída de Portugal do euro. A receita troika aplicada pelo executivo mergulhou o país numa espiral recessiva onde não há fim à vista, pese o optimismo invocado em sucessivas projecções económicas que nunca vêem a luz do dia. Mais. As últimas projecções da Comissão Europeia apontam para uma contracção da economia na zona euro de 0,3% e um modesto crescimento de 0,1% em toda a União, um cenário que reforça o pessimismo.
Da esquerda à direita, está pelo menos aberta a obrigatoriedade do debate. Octávio Teixeira, João Ferreira do Amaral, João Rodrigues e Jorge Bateira são as vozes de esquerda a assumirem abertamente a saída, em prole do controlo da moeda. Octávio Teixeira preconiza mesmo um regresso anterior ao euro, quando o ecu permitia a cada estado uma banda de desvalorização da sua moeda relativamente ao euro, como aliás hoje acontece nos países da União Europeia que não pertencem à zona euro.
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domingo, março 24
PCP quer demissão do Governo porque 'remendo novo em pano velho não resulta'
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu hoje que a demissão do Governo é uma “urgência nacional” e que a substituição de ministros não é suficiente, porque “remendo novo em pano velho não resulta”.
“É preciso derrotar este Governo antes que este Governo dê cabo do resto. A sua demissão transforma-se numa urgência nacional”, afirmou Jerónimo de Sousa, ao discursar no final de um almoço-convívio em Viseu.
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sábado, março 23
Lisboa fica hoje mais perto do Tejo com a abertura da Ribeira das Naus
Só em 2014 deverá estar pronta a segunda fase da obra. A polémica construção de um silo automóvel ficou pelo caminho
A primeira fase da requalificação da Ribeira das Naus, que incluiu a construção de uma nova avenida paralela ao rio e o surgimento de uma rampa de pedra que desce até ao Tejo, é hoje inaugurada. Mas grande parte da obra, que a oposição na Câmara de Lisboa classificou como "megalómana", só deverá estar pronta em 2014, muito depois do centenário da República para a qual tinha sido pensada.
sexta-feira, março 22
Passos diz que não fará mudanças que coloquem país na situação da Grécia ou do Chipre
O primeiro-ministro assegurou hoje que o Governo não fará qualquer alteração de fundo estrutural que coloque o país na situação da Grécia ou de Chipre.
"Nós não faremos qualquer alteração de fundo estrutural que nos coloque na situação da Grécia ou na situação de Chipre, nunca por vontade deste Governo o país acabará como Chipre ou como a Grécia. Não somos os únicos que temos responsabilidades nessas decisões, mas podem contar sempre com o Governo para evitar que Portugal algum dia possa conhecer situações semelhantes", afirmou o primeiro-ministro durante o debate quinzenal na Assembleia da República.
quarta-feira, março 20
Vítor Gaspar recua e deixa tudo em aberto quanto aos cortes de 4 mil milhões
Em Outubro do ano passado o primeiro-ministro Passos Coelho lançou a concretização de uma reforma do Estado até ao final de 2014 como uma prioridade, ao abrigo de uma “refundação do Memorando”. A reforma compreendia cortes estruturais de despesa de “pelo menos” 4 mil milhões de euros até final do próximo ano, uma intenção várias vezes reiterada pelo governo e que levou à realização apressada de conferências sobre o estado do Estado e ao derramamento de rios de tinta de polémica sobre o assunto.
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domingo, março 17
Bloco de Esquerda insiste na demissão imediata do Governo
A coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins insistiu hoje na demissão do Governo na sequência da sétima avaliação da 'troika', num discurso em que fez duras acusações aos ministros de Estado Vítor Gaspar e Paulo Portas.
Catarina Martins assumiu estas posições no encerramento de um colóquio promovido pelo Bloco de Esquerda sobre "Desigualdade e pobreza", em Lisboa.
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sábado, março 16
Pacheco Pereira. “PSD e CDS estão a governar contra os seus programas”
O seu último livro, “As Armas de Papel”, é uma recolha e análise da imprensa clandestina da extrema-esquerda portuguesa no final dos anos 60 e princípio dos anos 70. Defende que a geração que produziu estes textos, que nos parecem feitos de uma linguagem de caserna difícil de perceber hoje, foi fundamental para uma espécie de revolução cultural e de costumes que o país viveu, grande parte, já em democracia. Para o antigo líder parlamentar do PSD, a geração dos esquerdistas tem traços de identidade que permanecem, nomeadamente uma aversão à injustiça e a formas menos democráticas de poder, mesmo que alguns dos seus membros cheguem a ministros. O próximo livro de Pacheco Pereira vai juntar os textos publicados desde a queda do governo Sócrates e vai chamar-se “Crónicas dos Anos do Lixo”. Esta entrevista está balizada por estes dois textos: decorre entre as armas de papel e o lixo.
sexta-feira, março 15
Ajuda externa. Défice falha meta de 5% e pode chegar aos 6,6% em 2012
O défice orçamental do ano passado poderá atingir os 6,6% do Produto Interno Bruto, anunciou hoje o ministro das Finanças, depois do chumbo do Eurostat à operação de concessão da ANA e operações que passam a entrar nas contas.
De acordo com Vítor Gaspar, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica Financeira (PAEF), o Eurostat chumbou a operação de concessão da gestora dos aeroportos portugueses - que vale cerca de 0,7 pontos percentuais do PIB no défice orçamental de 2012 - e vai anunciar a decisão ainda hoje.
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quinta-feira, março 14
Novo Papa começou o dia a rezar na Igreja de Santa Maria Maior
O novo Papa Francisco chegou pouco depois das 7h da manhã desta quinta-feira à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para rezar em privado. Foi a primeira aparição do líder católico, eleito na quarta-feira.
Depois de ter rezado durante cerca de meia-hora na capela Paulina, deixou a basílica. Francisco chegou com um pequena comitiva de dois carros, acompanhado, entre outros, por Georg Gänswein, secretário particular do seu antecessor, Bento XVI, segundo um jornalista da agência AFP. Gänswein é também prefeito da casa pontifical.
quarta-feira, março 13
Ali Não Havia
Ali não havia eletricidade.
Por isso foi à luz de uma vela mortiça
Que li, inserto na cama,
O que estava à mão para ler —
A Bíblia, em português (coisa curiosa), feita para protestantes.
E reli a "Primeira Epístola aos Coríntios".
Em torno de mim o sossego excessivo de noite de província
Fazia um grande barulho ao contrário,
Dava-me uma tendência do choro para a desolação.
A "Primeira Epístola aos Coríntios" ...
Relia-a à luz de uma vela subitamente antiqüíssima,
E um grande mar de emoção ouvia-se dentro de mim...
Sou nada...
Sou uma ficção...
Que ando eu a querer de mim ou de tudo neste mundo?
"Se eu não tivesse a caridade."
E a soberana luz manda, e do alto dos séculos,
A grande mensagem com que a alma é livre...
"Se eu não tivesse a caridade..."
Meu Deus, e eu que não tenho a caridade! ...
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Jardim ausente no debate da moção de censura ao governo da Madeira
O presidente do governo regional da Madeira não compareceu à sessão plenária da Assembleia Legislativa que está a debater nesta quarta-feira a moção de censura executivo de Alberto João Jardim, apresentada pelo Partido Trabalhista Português, de José Manuel Coelho.
A ausência de Alberto João Jardim foi criticada pelo deputado Edgar Silva, deputado do PCP que requereu a suspensão dos trabalhos até que o chefe do executivo comparecesse no parlamento, de que depende politicamente. “Imaginem que escândalo nacional não haveria na Assembleia da República, se o primeiro-ministro não participasse na discussão de uma moção ao governo nacional. Mas se ocorre nesta dizem que é a democracia à moda da Madeira e que é tudo normal”, frisou o representante comunista.
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terça-feira, março 12
PS desafia PCP e BE para autárquicas
Será um teste. É assim que os socialistas classificam a carta que ontem remeteram às direcções do PCP e do BE, propondo uma reunião nos próximos dias com o objectivo de clarificar a disponibilidade dos dois partidos para entendimentos alargados para as eleições autárquicas.
O dirigente do PS Miguel Laranjeiro avançou ao PÚBLICO que a carta remetida aos comunistas e bloquistas argumenta com "a defesa intransigente dos interesses das populações", que se traduziria num entendimento alargado entre os três partidos nalgumas das principais câmaras do país, nomeadamente no Porto.
segunda-feira, março 11
Livro do Desassossego
"Sumir-me-ei entra a névoa, como um estrangeiro a tudo, ilha humana desprendida do sonho
do mar e navio com ser supérfluo à tona de tudo."
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Governo só vai anunciar cortes de 4 mil milhões depois de conhecer a decisão do Tribunal Constitucional
O governo espera pelo acórdão do Tribunal Constitucional (TC) sobre o Orçamento do Estado para este ano para dar a conhecer as medidas concretas do pacote de cortes permanentes na despesa no valor de quatro mil milhões de euros, sabe o i. O anúncio destes cortes será distinto do resultado da sétima avaliação que pode acontecer hoje e os ministros anularam todos os anúncios previstos para Vítor Gaspar poder ter o palco mediático que o assunto merece, embora fontes contactadas pelo iadmitam que a comunicação do ministro das Finanças possa acontecer mais tarde. Certo é que sexta- -feira, Gaspar e Moedas vão ao parlamento falar da sétima avaliação aos deputados. Nessa conferência de imprensa, Vítor Gaspar não irá apresentar as medidas concretas de cortes, que ficarão para um segundo momento político, já com o acórdão do TC conhecido, e que poderá mesmo ficar a cargo de Passos Coelho.
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domingo, março 10
Cavaco responsabilizou Governo pela crise, acusa Seguro
O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou hoje que o prefácio do Presidente da República é uma mensagem dirigida ao Governo, de que se houver crise política em Portugal a responsabilidade é do executivo PSD/CDS.
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sábado, março 9
Guilherme d’Oliveira Martins. “Não se podem fazer cortes cegos nas políticas sociais”
O Tribunal de Contas multou 121 responsáveis num total de 301 mil euros e obrigou à reposição de 22 314 euros em 2012. As infracções mais comuns foram a realização de trabalhos a mais em empreitadas e os ajustes directos, no que diz respeito à contratação pública, e pagamentos ilegais, nomeadamente vencimentos e subsídios, no âmbito das normas do direito financeiro. O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins, diz que “tem havido progressos na transparência e no rigor” e garante que os cidadãos podem estar tranquilos “que não será pago nem um tostão a mais do que é devido”. Mas ainda há falhas.
quinta-feira, março 7
Passos fecha hipótese de diálogo com PS aberta por Portas e Gaspar
Um passo à frente e dois atrás. Assim vão as relações entre governo e PS, com Passos Coelho a deitar por terra, no debate quinzenal de ontem, eventuais entendimentos, a começar pela principal proposta socialista: o aumento do salário mínimo. O primeiro-ministro até chegou a dizer que, dada a actual conjuntura, o “mais sensato” seria fazer o oposto, tendo depois de explicar as declarações que o PS aproveitou até à saída do debate. Seguro registou que Passos puxou a passadeira estendida pelos ministros de Estado (Paulo Portas e Vítor Gaspar), na sexta-feira, quanto a abertura às propostas do PS e prometeu agir “na altura oportuna”.
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quarta-feira, março 6
Vasco Lourenço diz que se houvesse condições já estaria a preparar outra revolução
Em dia de debate entre militares sobre o futuro das Forças Armadas, o presidente da Associação 25 de Abril diz ter a esperança de que "os portugueses sejam capazes de correr" com os membros do executivo. E argumenta que se houvesse condições já estaria a preparar uma nova revolução.
Por iniciativa de diversas entidades socioprofissionais, os militares decidem na tarde desta quarta-feira, no Pavilhão de Desportos de Almada, novas diligências e acções contra a política do Governo, que pretende cortar 218 milhões em dois anos, 40 milhões dos quais ainda este ano. Um dos moderadores da tarde será Vasco Lourenço, capitão de Abril que, horas antes do encontro, diz em declarações à TSF, que o país está a caminho do abismo. Lança também duras críticas aos membros do Governo, considerando que já se justificava derrubar o executivo de Passos Coelho.
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Associação 25 de Abril,
Vasco Lourenço
terça-feira, março 5
Passos recusa acesso ao estudo da TSU admitindo poder repescar esta medida
O governo recusa revelar os estudos que fundamentaram a intenção de baixar a taxa social única (TSU) anunciada em Setembro de 2012. O gabinete do primeiro-ministro alega a confidencialidade do Conselho de Ministros, até porque a medida poder vir ser retomada.
segunda-feira, março 4
Milhares gritaram pela demissão do governo
foto: Rogério Barroso
José Aires segura entre três dedos o cartão vermelho que trouxe à manifestação do movimento “Que se lixe a troika”, em Lisboa. “A partir do momento em que não nos ouvem, só nos resta vir para a rua”, diz o antropólogo, funcionário de uma empresa de higiene e segurança no trabalho, enquanto espera pelos que, a encabeçar a manifestação, começam a chegar à maior praça do país.
Veio à Praça do Comércio porque, diz, sente-se “humilhado”. Reclama a falta de legitimidade do governo para aplicar as receitas de austeridade e traz a solução bem estudada: “Demitam-se e dêem a palavra ao povo” para que uma alternativa “de esquerda” possa seguir um outro rumo político.
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Manifestação 02 de Março,
Terreiro do Paço
domingo, março 3
Um milhão e meio protestou contra Governo
foto: Rogério Barroso
A organização do protesto "Que se lixe a troika, o povo é quem mais ordena" diz que as manifestações realizadas no país reuniram 1.5 milhões de pessoas.
Nas principais cidades nacionais os desfiles já terminaram. Agora as atenções concentram-se em Lisboa e no Porto onde vão ter lugar os principais discursos desta tarde de sábado.
Organização do protesto garante que em Lisboa esta foi a maior manifestação de sempre. Moção de censura popular aprovada no Terreiro do Paço quer "derrubar o poder político corrupto que se arrasta há vários governos". "Obviamente, estão demitidos", ouve-se antes do final do protesto com a multidão a cantar a "Grândola, Vila Morena".
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Manifestação 02 de Março,
Que se lixe a troika
sexta-feira, março 1
'Cae' el muro de Berlín
"Es una vergüenza para esta ciudad. En estos momentos, me avergüenzo de ser un berlinés", llora Robert Muschinski, que durante las últimas 24 horas ha intentado inútilmente paralizar los trabajos de la maquinaria pesada que esta mañana ha comenzado a desmantelar el último gran tramo del Muro de Berlín que quedaba en pie. Se trata del East Sade Gallery, que es retirado para permitir la construcción de un exclusivo edificio de viviendas a orillas del Spree con vistas a Alexander Platz y que llevará por nombre 'Living Bauhaus'.
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