Há mais de 30 anos, uma pequena localidade da Andaluzia não aceita as regras que foram ditadas a todas as outras. Não há muros que separem Marinaleda do resto da Espanha, mas a vida e as regras são diferentes. Aqui ninguém está desempregado, as decisões são tomadas em comunidade e a habitação e a educação são quase gratuitas. À frente da câmara de Marinaleda está um antigo professor de História que tem participado em todas as lutas. Há uns dias, Juan Manuel Sánchez Gordillo acompanhou os activistas do Sindicato da Andaluzia dos Trabalhadores numa acção. Entraram em dois hipermercados, encheram vários carrinhos com alimentos de primeira necessidade e saíram sem pagar. Os produtos foram dados aos pobres. O governo processou--os. Os patrões chamaram-lhe ladrão. A imprensa comparou-o ao Robin dos Bosques. Recusou a alcunha dizendo que “na Andaluzia não são os pobres que roubam os ricos, mas os ministros, o capital financeiro e os bancos alemães é que roubam o povo”. No entanto, há uma referência que não descarta, afirma que Cristo foi o primeiro revolucionário e confessou, ao diário espanhol “El Mundo”, que “gostaria de converter-se num Gandhi do século xxi”.
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