Que soldado tão triste esta chuva
sobre as sílabas escuras do outono
sobre o tejo as últimas barcas
sobre as barcas uma luz de desterro
Já foi lugar de amor o tejo a boca
as mãos foram já fogo de abelhas
não era o corpo então dura e amarga
pedra do frio
Sobre o tejo cai a luz das fardas
É tempo de te dizer adeus
EUGÉNIO DE ANDRADE
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