sexta-feira, junho 1

Joaquim Teófilo de Braga

foto retirada daqui
Escritor e Político (Ponta Delgada 24/2/1843 – Lisboa 28/1/1924). Tipógrafo, ele mesmo compôs o seu primeiro livro de poemas, intitulado Folhas Verdes, 1859. estudante universitário em Coimbra desde 1861, participou na Questão Coimbrã e em 1868 doutorou-se em Direito com a tese História do Direito Português. I. Os Forais. Foi preterido nos concursos para lente tanto em Coimbra como para a Politécnica do Porto. De 1872 a 1910 regeu a cadeira de Literaturas Moderna no Curso Superior de Letras, em Lisboa. Militante no Partido Republicano, de tendência socializante e anticlerical, após a queda da Monarquia, em 1910, presidiu ao governo provisório e em 1915 foi durante algum tempo presidente da República. No campo das letras começou pela poesia, que continuou a cultivar quase até ao fim da vida. Maior projecção alcançou, porém, a sua actividade no domínio da história literária: o apriorismo positivista (foi um dos principais apóstolos do positivismo em Portugal), a deficiente preparação científica e o partidarismo obsessivo aconselham que se manuseie com reservas a sua obra, que, no entanto, constitui uma enciclopédia da história cultural portuguesa e levanta pistas de investigação ainda hoje de muito interesse. Como poeta publicou Visão dos Tempos, 1864, Torrentes, 1869, e Miragens Seculares, 1884, Folclorista, deu a lume Contos Tradicionais do Povo Português, 1883, O Povo Português nos Seus Costumes, Crenças e Tradições, 1885, em dois volumes, e História da Poesia Popular Portuguesa, 1902-1905, em dois volumes. Pensador positivista, escreveu Traços Gerais da Filosofia Positivista, 1877. Devotado à história da cultura portuguesa, entre os estudos que redigiu merecem realce a História do Teatro Português, 1870-1871, em três volumes, e História da Universidade de Coimbra, 1892-1902, em quatro volumes.
O Grande Livro dos Portugueses – Círculo de Leitores

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