quinta-feira, novembro 30

SAUDADE PEDRA E ESPADA


Escrevo saudade com o mesmo vento
com que escrevo a palavra liberdade.
Que numa e noutra sangra o pensamento
lá onde a liberdade é uma saudade.



Saudade que já foi fraqueza
em força e arma transformada
minha festa por dentro da tristeza
minha saudade feita pedra e espada.



Minha saudade que não és passado
mas este tempo nunca navegado
de transformar saudade em liberdade
lá onde a liberdade é uma saudade.



Alegre Manuel, in "O CANTO E AS ARMAS", edições centelha, Coimbra 1974

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