sexta-feira, junho 13

Relógio

Relógio, morre –
Momentos vão…
Nada já ocorre
Ao coração
Senão, senão…




Bem que perdi,
Mal que deixei,
Nada aqui
Montes sem lei
Onde estarei…




Ninguém comigo!
Desejo ou tenho?
Sou o inimigo –
De onde é que venho?
O que é que estranho?



Pessoa, Fernando in Poesias Inéditas Colecção Poesia, Edições Ática

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