O secretário-geral do PS, António José Seguro, pediu hoje "maior prudência nas palavras" de todos para o que deve Portugal fazer após o fim do programa de ajustamento financeiro firmado com a "troika".
"Hoje lemos estas declarações do Presidente da República. Na Grécia, o presidente Barroso, da Comissão Europeia, disse que Portugal iria ter uma saída limpa. E também lemos nos jornais que o Governo está a tentar uma terceira via. Convinha que, sobre este assunto, que é da maior importância para a vida dos portugueses e do nosso país, houvesse maior prudência nas palavras e de facto os protagonistas se pronunciassem em função de situações concretas", disse hoje Seguro.
O líder socialista falava aos jornalistas numa escola lisboeta, à margem de uma sessão das conferências "Novo Rumo", no dia em que se soube que o Presidente da República, Cavaco Silva, considera "uma ilusão" pensar que as exigências de rigor orçamental vão desaparecer após a conclusão do programa de ajustamento, e avisa que, pelo menos até 2035, Portugal continuará sujeito a supervisão.
Seguro diz que Cavaco terá informações que o PS não tem, "designadamente as condições" para um programa cautelar, mas reiterou que o Governo "tem obrigação de criar condições para que Portugal regresse a mercados sem ajuda suplementar".
"Esse é o dever do Governo. E o Governo aliás aplicou o dobro da austeridade prometendo isso aos portugueses. Se o Governo não cumprir isso, tem de prestar contas ao país e tem de explicar por que razão não conseguiu cumprir esse objetivo", vincou o secretário-geral socialista.
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