A redução do nível de endividamento geral do país - Estado, famílias e empresas privadas - é um dos objectivos do programa da troika para Portugal, que, contudo, está longe de ser atingido. A economia portuguesa chegou ao final de 2012 com uma dívida total equivalente a 438,6% do produto interno bruto (PIB) quando, no final de 2010, era de 401,8%. O aumento da dívida do país, porém, tem vindo apenas de um dos três lados deste triângulo: o Estado.
Segundo dados do Banco de Portugal, a dívida do Estado - administração central, regional e empresas públicas - aumentou 51,26 mil milhões de euros entre o final de 2010 e o final de 2012, um salto de 25% até ao endividamento de 259 mil milhões de euros com que o sector público fechou as contas do ano passado - depois de entre 2008 e 2010 ter visto a dívida crescer 30%. A subida nos últimos dois anos da dívida do Estado foi suficiente para mais que anular a redução do endividamento que as famílias e as empresas privadas conseguiram no período.
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