Uma hora e meia. É a duração média da travessia aérea entre o Funchal e Lisboa. Foi neste tempo que se deu o "vaipe afectivo" de Marcelo Rebelo de Sousa que aterrou na Portela e já só parou na rampa de acesso lateral ao coliseu, para entrar em segredo no congresso do PSD. Um desafio ao "dom da ubiquidade" que o próprio alegou para, horas antes, justificar a sua ausência, mas isso não parece ser nada para quem já fez Cristo descer à terra uma segunda vez.
Foi "à PSD", comentava-se entre militantes no final da intervenção do ex-líder. Animou a sala como nada até aí ou depois disso, lançou a equação presidencial. Respondeu só com a presença ao famoso parágrafo da moção de Passos. Colou o "vaipe afectivo" ao mural histórico onde se contam o "eixo sulista, elitista e liberal" de Menezes, o "escrito nas estrelas" de Santana, o "misto de Zandinga e Gabriel Alves" de Durão Barroso e, principalmente, a rodagem do Citröen que Cavaco Silva foi fazer à Figueira da Foz no congresso de 1985.
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