O antigo presidente executivo do BES, Ricardo Salgado, foi esta manhã detido na casa onde reside, no Estoril. Para já, existem várias teorias, algumas das quais contraditórias.
Perigo de fuga para o Brasil devido a dupla nacionalidade pode motivar prisão preventiva, conta o jornal i. Risco de destruição de documentos, escreve o diário económico.
O antigo presidente do BES foi constituído arguido no caso Monte Branco, diz oJornal de Negócios. As suspeitas em relação ao antigo presidente do BES recairão, sobretudo, sobre as transferências de 14 milhões de euros que foram feitas pelo construtor José Guilherme para sociedades “offshore” de Salgado e que este justificou como sendo um presente, apurou o Negócios. Em causa estará a empresa ESCOM, vendida a capitais angolanos em 2010, diz o Expresso. A rádio Renascença afirma que Ricardo Salgado está a ser ouvido na qualidade de arguido.
A detenção foi confirmada às redacções através de um comunicado enviado às redacções pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). “Ao abrigo do disposto no art. 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, torna-se público o seguinte: No âmbito do Processo Monte Branco, o Ministério Público (DCIAP) tem vindo a realizar várias diligências que culminaram com a detenção de Ricardo Salgado no dia de hoje.O detido será presente ao juiz de instrução criminal”, lê-se no comunicado.
A notícia da detenção foi avançada nesta manhã de quinta-feira pelo Correio da Manhã.
A Operação Monte Branco investiga a maior rede de branqueamento de capitais alguma vez detetada em Portugal. É um caso de fraude fiscal e branqueamento de capitais que está a ser investigado desde junho de 2011 pelo DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal). Trata-se de uma investigação à rede que ligou os gestores de fortunas suíços da empresa Akoya, Michel Canas e Nicolas Figueiredo, aos seus clientes portugueses. Esta rede funcionaria entre Portugal, Suíça e Cabo Verde. Canas e Figueiredo, antigos quadros do banco suíço UBS, são suspeitos de terem montado uma rede para fugir ao fisco e branquear capitais. Essa rede foi utilizada por pessoas influentes em Portugal, ligadas à vida política, económica e desportiva do país. Leia o nosso guia detalhado sobre o caso.
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