O fundo de pensões do Banco de Portugal constitui um caso de excepção, a vários níveis. É o único fundo com a responsabilidade pelo pagamento de pensões de quadros bancários que se mantém independente no sector, após a transferência feita em 2011. É também o único fundo de pensões público que se mantém autónomo, ou seja, não foi integrado na Caixa Geral de Aposentações.
O fundo de pensões do banco central distingue-se ainda por estar sujeito à supervisão do Instituto de Seguros de Portugal e ter uma exposição muito menor à dívida pública portuguesa que os restantes fundos de pensões públicos. Está por isso mais protegido contra o risco de uma reestruturação da dívida, que muitos apontam como inevitável em caso de segundo resgate a Portugal, um cenário que ganhou força após a crise política. O relatório e contas da sociedade gestora revela que, no final de 2012, o fundo tinha mais recursos investidos em activos da Bélgica e de França que de Portugal, que representava apenas 16,3% da carteira. A maior fatia estava aplicada em dívida pública (78%), pelo que o fundo terá mais dívida belga e francesa que portuguesa.
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