terça-feira, setembro 25

Défice. O Grande Salto Atrás continua a afundar as contas de Vítor Gaspar


Chamam-se “estabilizadores automáticos” porque reagem automaticamente ao impacto da conjuntura económica – e estão a tramar as previsões orçamentais do ministro das Finanças Vítor Gaspar.
A sangria na receita fiscal e a delapidação acentuada do excedente da Segurança Social mantiveram a trajectória de derrapagem em Agosto, mostram os dados publicados ontem pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO) sobre a execução orçamental nos primeiros dois terços do ano. O controlo do lado da despesa pública – com algumas “surpresas positivas” – compensa apenas parcialmente a pressão que se vai avolumando na receita e nas transferências sociais, causada pelo afundamento do mercado interno. Consequência: apesar da queda face a 2011 e das medidas duras postas em prática este ano, o défice real será superior a 6% do PIB (bem acima dos 4,5% inicialmente previstos), o que implicará um esforço de austeridade redobrado em 2013 para tentar cumprir a nova meta de 4,5% acordada com a troika.

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