segunda-feira, dezembro 31
quinta-feira, dezembro 27
quarta-feira, dezembro 26
terça-feira, dezembro 25
Vá-se lá saber porquê?
Hoje de manhã quando fui carregar o telemóvel passei por uma criança que passeava feliz da vida com um pequeno e singelo boneco de plástico na mão e, ao ser abordado por um amigo que lhe perguntou: foi isso que ganhaste do Pai Natal, ele respondeu – não ganhei quando fui ao MacDonald’s com o meu pai…
PRESÉPIO
Presépio – oficina de Machado de Castro
séc. XVIII – barro policromado
Machado de Castro (Coimbra, 1731 – Lisboa, 1812)
Escultor, trabalhou na chamada Escola de Mafra. É autor das esculturas do monumento a D. José, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Foi um notável ceramista, criador de minuciosos presépios de barro policromado.
séc. XVIII – barro policromado
Machado de Castro (Coimbra, 1731 – Lisboa, 1812)
Escultor, trabalhou na chamada Escola de Mafra. É autor das esculturas do monumento a D. José, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Foi um notável ceramista, criador de minuciosos presépios de barro policromado.
segunda-feira, dezembro 24
POEMA DE NATAL
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos –
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos –
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai –
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte –
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes
domingo, dezembro 23
Consta
"A polícia é em si própria estimável e o indigenato precisa muito de polícia.
Como a história prova, os portugueses não se portam nunca convenientemente se não os proibirem, inspeccionarem, multarem e de várias maneiras reprimirem a intervalos regulares. Pena que a benéfica existência da ASAE não encoraje o governo a fundar uma milícia contra o álcool, o tabaco, o sal, o açúcar, a obesidade e a preguiça."
Vasco Pulido Valente
Público
sábado, dezembro 22
sexta-feira, dezembro 21
quinta-feira, dezembro 20
Museu Serralves chega à Internet
A partir desta quinta-feira, o Museu de Serralves, no Porto, está online. A colecção de obras arte, mais de 300 mil peças, pode ser vista na Internet. As publicações e o arquivo histórico da Fundação Serralves também estão disponíveis. A repórter da TSF, Leonor Ferreira, já "clicou" em www.serralves.pt e conta o que encontrou.
A gente corremos pelas ruas da vila
O céu das hortas é maior do que
o mundo:
a vila apresenta ruas calcetadas para
homens de sapatinho fino, mulheres
sozinhas e cachopos: eh, cachopo
de má raça.
Vamos aos figos e passamos
a vida:
a vila, às vezes, é desenhada
por esta aragem que é o lápis
de um carpinteiro. Quem é que é
o teu pai?, perguntam os velhos
sentados num banco do jardim.
A gente corremos pelas ruas da vila.
Eu já vi as laranjeiras e as janelas
abertas no verão. Pranta-se quedo,
dizem as velhas de olhos pretos.
Vamos fazer um mandado, vamos dizer
o tempo:
porque a gente corremos pelas ruas da vila
e sabemos quem é a Ti Rosa do Queimado
e ainda não temos a cegueira de ser grandes.
José Luís Peixoto
in Cal
o mundo:
a vila apresenta ruas calcetadas para
homens de sapatinho fino, mulheres
sozinhas e cachopos: eh, cachopo
de má raça.
Vamos aos figos e passamos
a vida:
a vila, às vezes, é desenhada
por esta aragem que é o lápis
de um carpinteiro. Quem é que é
o teu pai?, perguntam os velhos
sentados num banco do jardim.
A gente corremos pelas ruas da vila.
Eu já vi as laranjeiras e as janelas
abertas no verão. Pranta-se quedo,
dizem as velhas de olhos pretos.
Vamos fazer um mandado, vamos dizer
o tempo:
porque a gente corremos pelas ruas da vila
e sabemos quem é a Ti Rosa do Queimado
e ainda não temos a cegueira de ser grandes.
José Luís Peixoto
in Cal
quarta-feira, dezembro 19
terça-feira, dezembro 18
ÚLTIMO NATAL
Menino Jesus, que nasces
Quando eu morro,
E trazes a Paz
Que não levo,
O poema que te devo
Desde que te aninhei
No entendimento,
E nunca te paguei
A contento
Da devoção
Mal entoado,
Aqui te fica mais uma vez
Aos pés,
Como um tição
Apagado,
Sem calor que os aqueça.
Com ele me desobrigo e desengano:
És divino, e eu so humano,
Não há poesia em mim que te mereça.
Miguel Torga
Quando eu morro,
E trazes a Paz
Que não levo,
O poema que te devo
Desde que te aninhei
No entendimento,
E nunca te paguei
A contento
Da devoção
Mal entoado,
Aqui te fica mais uma vez
Aos pés,
Como um tição
Apagado,
Sem calor que os aqueça.
Com ele me desobrigo e desengano:
És divino, e eu so humano,
Não há poesia em mim que te mereça.
Miguel Torga
Consta
"E agora José?
José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, que antes de o ser prometeu aos eleitores um referendo europeu. Não foi por isso que foi escolhido, mas foi por isso que se alterou a Constituição e se alimentou o engodo.
É evidente que não vai haver referendo, nem que Cristo desça à terra."
Raul Vaz
Jornal de Negócios
segunda-feira, dezembro 17
...
"Dia de Natal (Humanismo. A «realidade» do Natal é subjectiva. Sim, no meu ser. A emoção, com, veio, passou. Mas um momento convivi com as esperanças e as emoções de gerações inúmeras, com as imaginações mortas de toda uma linhagem morta de místicos.
Natal em mim!)
Soares, Bernardo in Livro do Desassossego
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Bernardo Soares,
Livro do Desassossego
Consta
[...] Aquilo que aconteceu não foi bem uma derrota [Belenenses 1 - Benfica 0].
Foi Natal.
Reparem: o jogo era em Belém, contra uma equipa que tem a Cruz de Cristo ao peito e Jesus no banco.
Ganhar, em plena época natalícia, seria um escândalo. Mais do que os três pontos, teríamos ganho um lugar no Inferno."
Ricardo Araújo Pereira
A Bola
domingo, dezembro 16
A JUSTIÇA DE YERNEY
O velho Sitar tinha acabado de ser enterrado. Deus o tenha em descanso! Era um fidalgo! Os sinos pararam de tocar; o padre tirara os paramentos funerários e o cortejo fúnebre dirigiu-se para a estalagem. Lá em Sterzhinar`s, sentaram-se à volta da mesa comprida, envoltos em luto, sérios e pensativos, as mulheres com sinais de lágrimas nos olhos. O feitor Bartholomew, alto, velho e grisalho, sentou-se no banco junto à janela; limpou a testa com o seu lenço vermelho e suspirou:
«Todos temos de partir; eu serei o próximo.»
A seguir foi a vez do filho de Sitar:
«Ah, bom, Yerney, estás aí sentado, cómodo e confiante, como se fosses o patrão. Quem é o herdeiro: tu ou eu? Foste o primeiro a falar, apesar de não estares em primeiro lugar.»
Yerney sorriu e olhou bem-humorado para o jovem.
«Foste sempre trocista, Tony, e ainda estás a bricar comigo. É bom que não cedas à mágoa: as lágrimas são para as mulheres; e o vinho para os homens.»
Encheu um copo de vinho e levou-o à boca, mas ninguém o acompanhou.
Antes que lhe tivesse tocado os lábios, Yerney retirou o copo e pô-lo em cima da mesa. Boquiaberto, olhou para o patrão, para a sua família; e apenas viu caras sombrias.
«Bom! O que é que se passa?»
Não houvera olhos nem lábios que lhe respondessem e Yerney sentiu que algo frio e pesado lhe assaltou o coração.
«Que se passa? Será que me acho no meio de ciganos ou marchantes, que me olham sem dizer palavra? Será que estou no meio de familiares ou de patifes congeminando para me armarem uma cilada?»
«Feitor», respondeu Sitar, «não nos chames esses nomes! Estás bêbado ainda antes de beberes.»
«Todos temos de partir; eu serei o próximo.»
A seguir foi a vez do filho de Sitar:
«Ah, bom, Yerney, estás aí sentado, cómodo e confiante, como se fosses o patrão. Quem é o herdeiro: tu ou eu? Foste o primeiro a falar, apesar de não estares em primeiro lugar.»
Yerney sorriu e olhou bem-humorado para o jovem.
«Foste sempre trocista, Tony, e ainda estás a bricar comigo. É bom que não cedas à mágoa: as lágrimas são para as mulheres; e o vinho para os homens.»
Encheu um copo de vinho e levou-o à boca, mas ninguém o acompanhou.
Antes que lhe tivesse tocado os lábios, Yerney retirou o copo e pô-lo em cima da mesa. Boquiaberto, olhou para o patrão, para a sua família; e apenas viu caras sombrias.
«Bom! O que é que se passa?»
Não houvera olhos nem lábios que lhe respondessem e Yerney sentiu que algo frio e pesado lhe assaltou o coração.
«Que se passa? Será que me acho no meio de ciganos ou marchantes, que me olham sem dizer palavra? Será que estou no meio de familiares ou de patifes congeminando para me armarem uma cilada?»
«Feitor», respondeu Sitar, «não nos chames esses nomes! Estás bêbado ainda antes de beberes.»
Cankar, Ivan in A JUSTIÇA DE YERNEY edição Cavalo de Ferro
Vá-se lá saber porquê?
É 'pá é porreiro' ter um primeiro-ministro como o Sócrates!
Foda-se, enlouqueceste ou quê?
Consta
"Com tratado ou sem tratado, a 'Europa' não é uma comunidade, é uma colecção de países com uma burocracia no meio."
Vasco Pulido Valente
Público
sábado, dezembro 15
...
"A mais vil de todas as necessidades - a da confidência, a da confissão. É a necessidade da alma de ser exterior."
Soares, Bernardo in Livro do Desassossego
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Bernardo Soares,
Livro do Desassossego
Frase da semana
"O PCP nunca foi a minha família."
Luísa Mesquita
ex deputada recentemente expulsa do
Partido Comunista Português
Sábado
Luísa Mesquita
ex deputada recentemente expulsa do
Partido Comunista Português
Sábado
Frivolidades
"O tempo está para o amor como o vento para os incêndios; apaga os mais fracos e ateia os mais fortes."
Margarida Rebelo Pinto
sexta-feira, dezembro 14
Consta
"Quando cinco bancos centrais decidem articular a sua actuação com o objectivo de injectar liquidez no mercado e ajudar a superar problemas de financiamento no sistema financeiro, o comum dos mortais deve ficar apreensivo. Enquanto os bancos não mostram receio de emprestar dinheiro aos seus pares, não há razões para alarme."
João Cândido da Silva
Jornal de Negócios
Frase do Dia
"Pagarei as consequências da verdade e por fazer o que está certo."
José Rodrigues dos Santos
in VIP
José Rodrigues dos Santos
in VIP
quinta-feira, dezembro 13
RIR FAZ BEM
O piloto contacta a torre:
- Torre, aqui Cessna 1325, piloto estudane, estou sem combustível.
Na torre, todos os mecanismos de emergência são accionados, todas as pessoas ficam atentas e já ninguém tem sequer uma chávena de cafá na mão.
O suor corre em algumas faces e o controlador responde ao piloto:
- Roger, Cessna 1325. Reduza velocidade para planar. Tem contacto visual com a pista?
- Er... quer dizer ... eu estou na pista... estou à espera que me venham atestar o depósito...
Consta
"Se a educação em Portugal estivesse tão bem como José Sócrates fez crer ontem [anteontem] no Parlamento, certamente que Portugal não apareceria nos relatórios da ODCE significativamente abaixo da média em matéria de conhecimentos dos alunos."
Armando Esteves Pereira
Correio da Manhã
quarta-feira, dezembro 12
Consta
"Das duas, uma.
Ou a Polícia Judiciária e a PSP agarram esta situação a sério, O Ministério Público e os juízes olham para aquilo que se está a passar com a seriedade que a situação merece ou estamos a viver no início de uma nova idade de violência descontrolada de resltados imprevisíveis."
Moita Flores
Correio da Manhã
terça-feira, dezembro 11
RIR FAZ BEM
No hospital, diz o médico:
- O senhor é o dador de sangue?
- Não, eu sou o da dor de cabeça!
- O senhor é o dador de sangue?
- Não, eu sou o da dor de cabeça!
Consta
"Mais valia o Governo lançar um concurso e entregá-lo à Santa Casa da Misericórdia [...] Chamar-se-ia 'Totorendas' e receberia o prémio quem encontrasse um T4 ou T5 em Lisboa por renda mensal inferior a 680 euros.
O concurso seria um sucesso, até porque as probabilidades de encontrar o dito seriam quase as mesmas de acertar no Euromilhões."
Pedro Santos Guerreiro
Jornal de Negócios
segunda-feira, dezembro 10
...
Escrevo como quem dorme, e toda a minha vida é um recibo por assinar.
Soares, Bernardo in Livro do Desassossego
Soares, Bernardo in Livro do Desassossego
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Uma Foto Por Dia
Consta
"Foi durante o tempo em que Júdice foi bastonário que alguns dos problemas da classe mais se agudizaram por força da ascenção meteórica da advocacia.
Júdice não teve culpa mas não soube encontrar soluções nem discurso. Marinho soube encontrar discurso, tem propostas [...] e, agora, a oportunidade de as aplicar."
Eduardo Dâmaso
Correio da Manhã
domingo, dezembro 9
Uma Foto Por Dia
sábado, dezembro 8
Consta
"A retórica de Sócrates leva-o a parecer dar sem nada pedir (...)
Nisso, faz lembrar o Pai Natal."
JosÉ Gil Filósofo
Visão
Nisso, faz lembrar o Pai Natal."
JosÉ Gil Filósofo
Visão
sexta-feira, dezembro 7
quinta-feira, dezembro 6
Estamos de Parabéns
quarta-feira, dezembro 5
...
Regra é da vida que podemos, e devemos, aprender com toda a gente. Há coisas da seriedade da vida que podemos aprender com charlatães e bandidos, há filosofias que nos ministram os estúpidos, há lições de firmeza e de lei que vêm no acaso e nos que são do acaso. Tudo está em tudo.
Soares, Bernardo in Livro do Desassossego
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Bernardo Soares,
Livro do Desassossego
Ministério atribui má classificação dos alunos portugueses a chumbos
Cada vez gosto mais da palavra ‘disfunção’…
terça-feira, dezembro 4
Consta
"O BCP já não é bem um banco: é uma entidade balcanizada, onde os sectores em confronto não têm força suficiente para reclamar vitória, o que não impede que, na guerra suja em curso, vão fazendo tentativas, em alguns casos bem sucedidas, de limpeza étnica."
Luísa Bessa
Jornal de Negócios
segunda-feira, dezembro 3
Consta
"A vitória de António Marinho Pinto não é surpreendente, mas é uma ruptura institucional na Ordem dos Advogados."
Armando Esteves Pereira
Correio da Manhã
domingo, dezembro 2
...
"Querer ir morrer a Pequim e não poder é das cousas que pesam sobre mim como a ideia dum cataclismo vindouro."
Soares, Bernardo in Livro do Desassossego
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Livro do Desassossego
Consta
"Na Europa, situação semelhante à nossa com agentes da autoridade comandados por oficiais formados em academias militares só existirá na Turquia.(...)
Estamos mais perto da Turquia, o que (...) não abona a favor da nossa realidade cívica."
Francisco Teixeira da Mota
Público
sábado, dezembro 1
O Que É a Arte?
O QUE É A ARTE? ESTA É UMA QUESTÃO QUETEM SIDO importante tanto na estética do século XX como na prática da arte. Por vezes, parece que os artistas tiveram que a confrontar nos seus trabalhos para serem levados a sério pelo mundo da arte. Enquanto escrevo, o artista belga Francis Alys escolheu mandar um pavão vivo para a Bienal de Veneza em vez de comparecer pessoalmente. A actividade do pavão é apresentada como uma obra de arte intitulada O Embaixador. Os galeristas britânicos do artista forneceram um comentário útil sobre o significado desta obra de arte:
A ave irá pavonear-se em todas as exposições e festas como se fosseo próprio artista.
A ave irá pavonear-se em todas as exposições e festas como se fosseo próprio artista.
É burlesca, insinuando a vaidade do mundo da arte e remetendo para velhas fábulas com animais.
Presumivelmente, estava alguém por perto para limpar os trabalhos menores deste artista substituto durante a bienal. Talvez estes venham a ser expostos numa futura bienal.
Presumivelmente, estava alguém por perto para limpar os trabalhos menores deste artista substituto durante a bienal. Talvez estes venham a ser expostos numa futura bienal.
Alys está longe de ser o primeiro artista a apresentar um animal vivo como obra de arte. Uma Verdadeira Obra de Arte, de Mark Wallinger por exemplo, é um cavalo de corrida e participou em competições. O nome da obra não deve ser entendido metaforicamente. É literalmente uma obra de arte. É um verdadeiro cavalo que participou em competições assim como é, também, uma verdadeira obra de arte. Nomear o cavalo e dar a conhecer a sua existência é um desafio para a maioria das posições aceites acerca do que é a arte. E, num certo sentido, é esse o objectivo - ou pelo menos uma boa parte do objectivo. Na criação de obras de arte como esta - um estilo baptizado por « objectos ansiosos » pelo crítico de arte Harold Rosenberg - os artistas aproximam-se da condição de filósofos. Para eles, os predecessores sugerem uma teoria da arte que refutam elegantemente através de um contra-exemplo bem escolhido. Com o tempo, esses contra-exemplos ficam integrados na corrente e perdem o poder de chocar, tornando-se a seu tempo alvo de uma nova avant-garde. E assim a arte evolui em direcções estranhas e imprevistas.
Warburton, Nigel in O Que É a Arte? edições Bizâncio
Frivolidades
"É um milagre sobreviver com um ordenado mínimo."
Jorge Ortiga
Arcebispo de Braga (Expresso)
Jorge Ortiga
Arcebispo de Braga (Expresso)
Vá-se lá saber porquê?
Já o disse, noutras ocasiões, que sou funcionário público. Aderi à Greve Geral da Administração Pública; aderirei sempre a greves (já aderi a muitíssimas) desde que esteja em causa a falta de respeito do governo para com os representantes sindicais. Não milito em nenhum partido político (sou rebelde demais para estar condicionado por programas políticos que, nada têm a ver com os dias de hoje, mas não sou apolítico, nem acéfalo) sou defensor de utopias mais abrangentes…
Não entendo por negociações reuniões em que uma das partes (o governo), inicia com o valor de 2,1% para os aumentos, mantendo nas reuniões seguintes o mesmo montante, contrariamente aos sindicatos que foram baixando os valores inicialmente apontados, para valores que entenderam serem justos, tendo em conta que nos últimos dez anos (10) nós funcionários públicos, temos vindo a perder poder de compra.
Para o governo foram negociações sérias, para mim, foi mais uma maldade do governo para com os funcionários públicos (não é verdade senhor ministro Augusto Santos Silva).
Interessa-me pouco discutir as percentagens de adesão à greve. Se foram 85% como dizem os sindicatos ou 21,81 como disse com um sorriso rasgado, o secretário de estado da Administração Pública (João Figueiredo).
Seria um sorriso de felicidade pela sinceridade dos números por si mencionados, ou um sorriso de nervosismo, porque os números por si mencionados nada têm a ver com a percentagem efectiva de adesão à Greve Geral da Administração Pública?
Estou-me nas tintas para os números da percentagem real da adesão. O número que me interessa é o de 2,1% como aumento para o ano de 2008, com esse não concordei, por isso me manifestei.
Não entendo por negociações reuniões em que uma das partes (o governo), inicia com o valor de 2,1% para os aumentos, mantendo nas reuniões seguintes o mesmo montante, contrariamente aos sindicatos que foram baixando os valores inicialmente apontados, para valores que entenderam serem justos, tendo em conta que nos últimos dez anos (10) nós funcionários públicos, temos vindo a perder poder de compra.
Para o governo foram negociações sérias, para mim, foi mais uma maldade do governo para com os funcionários públicos (não é verdade senhor ministro Augusto Santos Silva).
Interessa-me pouco discutir as percentagens de adesão à greve. Se foram 85% como dizem os sindicatos ou 21,81 como disse com um sorriso rasgado, o secretário de estado da Administração Pública (João Figueiredo).
Seria um sorriso de felicidade pela sinceridade dos números por si mencionados, ou um sorriso de nervosismo, porque os números por si mencionados nada têm a ver com a percentagem efectiva de adesão à Greve Geral da Administração Pública?
Estou-me nas tintas para os números da percentagem real da adesão. O número que me interessa é o de 2,1% como aumento para o ano de 2008, com esse não concordei, por isso me manifestei.
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