São números impressionantes, que revelam o crescente afastamento dos portugueses dos partidos políticos: de 5 187 161 de portugueses inscritos nos cadernos eleitorais, 54,6%, rejeitaram votar nos partidos políticos, parlamentares ou não, nas eleições autárquicas de domingo. A abstenção foi a opção para 4 502 230 portugueses, 47,41%, o voto em branco atraiu 193 284 cidadãos, 3,87%, o nulo teve 147 081 votos, 2,95%, e as cerca de 80 listas de independentes só para as câmaras municipais tiveram o voto de 344 566 eleitores, 6,9%. Tudo somado, foram 5 187 161 os portugueses que recusaram votar nos partidos políticos.
Em relação às eleições autárquicas de 2009, registam-se subidas na abstenção, nos votos em branco, nos nulos e nas candidaturas independentes. Há quatro anos a abstenção foi de 40,99%, os votos em branco 1,72%, nulos 1,25% e 4,17% votaram em candidaturas independentes. Relevante ainda é o facto de a abstenção ter sido a maior desde 1976, primeiro ano de eleições para o poder local. E de ser a terceira maior em todos os actos eleitorais registados em Portugal desde 1975, incluindo legislativas, presidenciais e europeias. Os maiores valores aconteceram nas presidenciais de 2001, com Jorge Sampaio a ser eleito para um segundo mandato contra Ferreira do Amaral, ex-ministro de Cavaco e actual presidente da Lusoponte, e mais recentemente, em 2011, na reeleição de Cavaco Silva, em que Manuel Alegre era o candidato do PS.
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