Há coisas que não se conseguem explicar, por mais que tentemos, não percebem o que acabaram de ouvir.
Alguns amigos continuam sem perceber porque perco tempo nas filas para a entrega do IRS; logo eu, que perco horas na Internet, navegando na Blogosfera. Eu argumento que enquanto tiver saúde e pachorra gosto de perder uma hora do meu precioso tempo a apreciar os comentários sobre 'A ACTUAL SITUAÇÃO'. Na Repartição de Finanças de Sacavém, local onde entrego a papelada, hoje quando cheguei tinha 42 pessoas à minha frente, maioritariamente africanos, grande parte deles não levavam os impressos preenchidos, porque aquelas instruções são para eles difíceis de entender. O que estava à minha frente questionou-me se eu sabia preencher ‘ a papelada ‘ eu disse-lhe que sim e ajudava-o. Assim fiz, lá lhe indiquei onde deveria colocar o número de contribuinte, o montante auferido, a retenção na fonte, os descontos para a Segurança Social, etc., etc. Na altura da entrega da documentação apercebi-me que ele estava a ser interpolado, sobre uma cruz que tinha colocado indevidamente. Ele olhou para mim, como a culpar-me pelo erro, como quem diz: afinal também não percebes nada disto. O que tinha acontecido? O meu parceiro destas andanças tinha colocado a cruz no quadrado de casado (coisa que sinceramente não me tinha apercebido) na altura verifiquei que só constava um número de contribuinte. O zeloso funcionário das Finanças perguntou se ele era casado, tendo ele afirmado que sim. Então e o número de contribuinte da esposa? Não sei, dizia ele, então onde está a sua esposa? Está na terra, em Cabo Verde. Então não pode colocar a cruz de casado no quadrado, porque a sua esposa não vive consigo, dizia-lhe o funcionário do fisco, ao que ele zangado contra -argumentava, não vive comigo, mas eu sou casado! Após alguma insistência lá acabou por aceitar retirar a cruz do quadrado de casado.
Se o meu amigo passar pelo meu Blog, julgo que vai entender porque gosto de ocupar uma ínfima parte do meu tempo, nas filas do IRS.
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