Passos Coelho inaugurou uma agressão ao Estado de direito democrático, com a chantagem repetida sobre o Tribunal Constitucional (TC). Disse coisas escandalosas como esta: "como é que uma sociedade com transparência e maturidade pode conferir tamanhos poderes a alguém que não foi escrutinado democraticamente" (referindo-se ao TC, Agência Lusa, 05.06.2014).
Com o mesmo espírito antidemocrático, faz agora encomendas à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES. Diz o inocente primeiro-ministro que a comissão de inquérito parlamentar deve focar-se na "gestão do BES".
Os deputados da maioria, que exercem um mandato constitucional livre, e não de serviço, logo mudaram, e abruptamente, de posição sobre a atuação do governador do Banco de Portugal.
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