A grande preocupação de Seguro não são os desempregados sem subsídios de desemprego que desistem de procurar emprego e o governo os considera bem empregados, não são os pobres sem qualquer apoio social, não são os funcionários públicos que sofrem cortes de vencimentos, não são os pensionistas penalizados por cortes de pensões.
Não, para Seguro as grandes vítimas da austeridade não são essa imensidão de gente que não conta para Passos Coelho e, pelos vistos não contam para ele, em momento algum prometeu demitir-se se fosse obrigado a cortar em pensões ou em vencimentos para cumprir o pacto de estabilidade que assinou.
Para Seguro a grande preocupação social do seu pensamento socialista vai para os donos dos restaurantes, tascas e tabernas, os donos do Gambrinus, da Pastelaria Versailles e da Ginginha do Rossio. Mas o que o preocupa não são as taxas dos direitos de autores para poderem ter um rádio ligado, ou as muitas taxas que pagam. O que o preocupa é o IVA.
Temos portanto um social-democrata do novo tipo, que não se preocupa nem com os trabalhadores, nem com os empresários, a sua preocupação principal, aquela que o levaria à demissão são os donos de restaurantes. Não seria melhor António José Seguro demitir-se do PS e criar o PRT, o Partido dos Restaurantes e Taberneiros?
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