Vermelho grito feminino
sanguíneo e docedessa mulher que para amar nasceu
e não apenas ser amada
Na contracapa
o olhar profundoe infinito
prenunciando frémitos
marítimos
A terra inóspita
engravidada de poemas,como sóis ou mariposas…
Um tambor salgado
e rebeldecomo África
vive encantado nas formas agrestes
do teu corpo
que não conheço
puítas e violinos
flautas murmurantes, ásperos e belos saxofones,
erguendo-se, como um halo de luz,
sobre os dilacerados quadris da memória reconstruída.
Na tristeza da tua voz,
na alegria da tua voz
- a elementar coragem de
cantar
sozinho no meio da escuridão
João Melo
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