Rumsfeld vai ao teatro
Donald Rumsfeld, vestido a preceito, desce a escada, acompanhado da mulher. Estão sorridentes e, aparentemente, muito felizes. Vão assistir a um espectáculo. Rumsfeld, alto, elegante, delgado, é um homem rodeado de serenidade, feito de vagares, de andar plácido, e de leve sombra no olhar. A cena parece elementar e trivial. Eis senão quando entra em campo nova figura: uma mulher ainda nova, indignada, aos gritos, apopléctica, cuja voz se multiplica mil vezes: "Criminoso de guerra! Criminoso de guerra!" Abre as mãos molhadas em vermelho, e quase as enfia no rosto do cavalheiro: "Tem-las cheias de sangue!"
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