sábado, julho 20

Miguel Veiga ao i: "O governo não tem condições para continuar"

Inviabilizadas as negociações entre os partidos da maioria e o PS, o governo fica sem condições para continuar em funções. É, pelo menos, essa a convicção do histórico social-democrata Miguel Veiga, que lembra, porém, que "a bola está na mão do Presidente da República".
"Não me parece que [o governo] tenha condições para continuar" em funções, diz Veiga ao i, admitindo que a decisão de Cavaco Silva pode ser outra, mas será certamente "célere".
Veiga lembra que este é novamente o momento de o Presidente da República chamar a si todas as decisões. Há uma semana e meia, na comunicação que fez ao país, o chefe de Estado deixou claro que a saída para a crise passava por um acordo entre os três partidos, mas não revelou o plano B. Cavaco Silva sugeriu, porém, que a realização de eleições antecipadas são o último recurso. Durante esta semana, o Presidente retirou mais uma hipótese de cima da mesa e excluiu a constituição de um executivo de iniciativa presidencial.

Seguro defende união que "mobilize os portugueses em torno de futuro governo"

O secretário-geral do PS defendeu hoje uma união “em torno de um futuro governo competente, credível, que mobilize os portugueses e seja capaz de defender os interesses de Portugal”, por oposição a um governo sem voz na Europa.
“Nós precisamos de união aqui em Matosinhos, como precisamos de união em Portugal. Não uma união em torno de uma má estratégia mas a união em torno de uma boa estratégia. Não uma união em torno de uma política que visa o empobrecimento, mas uma união em torno de uma política que aposta no crescimento económico e que aposta no emprego”, afirmou António José Seguro, secretário geral do Partido Socialista, durante o discurso de apoio ao candidato socialista a Matosinhos.

segunda-feira, julho 8

Barómetro i/Pitagórica. Maioria quer regresso do Bloco Central


Se em dois anos não houve maneira de a realidade económica ir ao encontro das previsões do (agora ex) ministro Vítor Gaspar, se um governo de esquerda não traria melhores resultados ao país, para onde deve, então, Portugal virar-se? Para os livros de História política nacional. Os inquiridos alinham, ainda que numa frágil maioria (17%), pela repetição de um governo de Bloco Central (PS+PSD).
António José Seguro já disse (e repetiu, várias vezes, até) que o país só se endireita com novas eleições. Cansado da falta de respostas a que foi sendo deixado pela actual maioria, o secretário- -geral do PS também já deixou claro que não estabelece pontes com o PSD de Pedro Passos Coelho. Havendo eleições (em 2013? 2014? Ou será que só mesmo em 2015?), talvez Passos decida abandonar os holofotes e deixar o partido a outro protagonista que se siga.

sábado, julho 6

Casa descasa. Acordo com Portas no governo é até 2015


Passos Coelho apresentou ontem ao Presidente da República um "entendimento político" com Paulo Portas, que garante a continuidade do governo de coligação até ao final da legislatura, mas só o vai dar a conhecer aos portugueses hoje à tarde, depois de uma reunião com as direcções de PSD e CDS.
Do ponto de vista do conteúdo, o acordo acentua a necessidade de abrir uma nova fase no país, mais virada para a Economia do que para as Finanças. Nos nomes, o acordo alcançado entre os dois, ao fim de dois dias de negociações, pode passar pela permanência de Paulo Portas no governo, mas numa pasta diferente. Apesar de o líder do CDS, que se demitiu na terça- -feira do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, ter qualificado a sua saída como "irrevogável", ouviu de vários dirigentes do CDS o conselho para permanecer no executivo. Mas ontem à noite não falou disso no Conselho Nacional. Fonte do CDS contou ao i que Portas apenas disse aos conselheiros, até à hora de fecho desta edição, que o acordo "é bom para o país e para a coligação".

sexta-feira, julho 5

quinta-feira, julho 4

Vítor Gaspar: de inimigo ideológico a aliado da esquerda

Vítor Gaspar: de inimigo ideológico a aliado da esquerda - Economia - Jornal de Negócios

Freitas do Amaral defende Governo de salvação

Freitas do Amaral defende Governo de salvação - Renascença

João Ferreira do Amaral. Instabilidade política "é um papão que se está a acenar"


João Ferreira do Amaral considerou hoje que a instabilidade política no país "é um papão que se está a acenar" porque o que está em causa "é normal num país democrático".
Em declarações à agência Lusa, o economista e professor adiantou que as demissões de ministros, as conversações entre os líderes dos partidos de coligação do Governo e a instabilidade política provocada "é normal" e que não se trata de "golpes de Estado nem de situações de a rua tomar conta do poder".
Para o professor "é normal que um Governo de coligação se possa desfazer, se possa compor ou não, e se não se puder compor que haja eleições".

Portas pode ficar como vice primeiro-ministro e ministro da Economia


Paulo Portas deve ficar como vice primeiro-ministro e ministro da Economia, avança a TVI 24.
O líder centrista ainda está na presidência do conselho de Ministros para se reunir a sós com Pedro Passos Coelho numa tentativa de concluir as negociações, apurou o i.
O "Expresso" já tinha avançado esta manhã que o acordo entre os dois líderes poderia passar por mexidas na pasta da Economia. De acordo com o mesmo jornal, partir o Ministério de Álvaro Santos Pereira, bem como o da Agricultura, foi um dos pontos sobre a mesa da reunião que os dois parceiros de coligação tiveram ontem à noite em S. Bento. Há muito que os centristas têm vindo a pedir a substituição do ministro da Economia.

terça-feira, julho 2

Oposição exige a Cavaco a marcação de eleições

Oposição exige a Cavaco a marcação de eleições - Política - Jornal de Negócios

O comunicado do adeus de Portas

Com a apresentação do pedido de demissão, que é irrevogável, obedeço à minha consciência e mais não posso fazer.
São conhecidas as diferenças políticas que tive com o Ministro das Finanças. A sua decisão pessoal de sair permitia abrir um ciclo político e económico diferente. A escolha feita pelo Primeiro-Ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual

Paulo Portas: Um observador com “instinto de matador”


O pedido de demissão que apresentou esta terça-feira, por não concordar com a escolha de Maria Luís Albuquerque para substituir Vítor Gaspar como ministro das Finanças, consolida este atributo. Leia o perfil, escrito nessa data, que à luz dos acontecimentos recentes, surge mais actual que nunca.

Paulo Portas debutou na JSD e depois fez um trajecto como jornalista até se candidatar a deputado pelo CDS/PP. O presidente dos centristas é um amante de cinema e tem Corto Maltese como um dos seus heróis.

Passos só deixou sair Gaspar oito meses depois e ao terceiro pedido

Passos só deixou sair Gaspar oito meses depois e ao terceiro pedido | iOnline

segunda-feira, julho 1

Presidente da Gulbenkian questiona justificações para reforma da Segurança Social


O presidente da Fundação Calouste Gulbenkian questionou hoje a justificação para as anunciadas reformas no sistema de Segurança Social, criticando ainda a aplicação dessas reformas a quem já está no sistema, ou seja, aos atuais pensionistas.
Artur Santos Silva, a quem coube o discurso de abertura da conferência 'Repensar a Segurança Social: Construir um Novo Contrato entre Gerações', que hoje decorre da Fundação Gulbenkian, citou os estudos feitos sobre “todos os países da União Europeia, incluindo a Noruega” - e que são citados nos documentos de Estratégia Orçamental de 2012 e de 2013 e serviram de base às conclusões que a própria Comissão Europeia (CE) apresentou ao Ecofin em 2012 -, para recordar à plateia que o sistema de Segurança Social português "é o quinto mais robusto da União Europeia (UE) mais a Noruega”.

Swap. Maria Luís Alburquerque reafirma que anterior governo nada disse


A secretária de Estado do Tesouro e Finanças garantiu, esta segunda-feira, que o anterior secretário de Estado não a informou sobre os contratos swap das empresas públicas. A garantia foi dada por Maria Luís Albuquerque que esteve esta manhã presente no briefing que o governo realiza todos os dias de manhã a partir de hoje com jornalistas. "Na pasta de transição entre mim e o anterior secretário de Estado, Carlos Costa Pina, nada consta”, disse a governante.